quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sim, Caim de novo

Como bom filho que à casa torna, eis-me regressado, ontem, à casa onde me iniciei nas lides da guitarra acústica e da voz. Da visita e apoio de amigos, à mesa, não pode faltar mais uma vez, o assunto que pelos vistos ainda vai mexer por mais uns dias - Caim. Não que eu puxasse o tema, mas ele lá estava, presente, incendiando e bipolarizando as almas.
E mais uma vez, a sós, já de regresso a casa, na ressaca do que foi debatido à mesa, pensei com os meus botões - defende-se que Deus chama os seus filhos, para o seu seio, para junto dos que já partiram, os antepassados, eles também respondendo ao chamamento Divino. Não de repente - pois essa constatação é-me presente com uma frequência que eu nunca imaginei - falta-me alguém. Alguém que conheço, já se foi. Morreu. Não de repente, a árvore dos meus amigos, conhecidos, familiares, vai ficando menos cheia... ou mais vazia. Porém, muitos desses que partem, afinal não são velhos. Alguns com menos idade que eu. Não sou velho. Nem novo. Ainda tenho planos, sonhos, e ou, simples vontade de viver. Eles, os que já foram decerto os tinham igualmente. Então porque partem tão cedo? Porquê eles? E não outros, ou nenhum. Ou no pior cenário para mim, porque não eu?
E aqui fico no fim do beco - se é Deus quem os chama, quais os critérios de escolha, qual o método de selecção? Será que é ao "calhas"? Uma roleta Divina que determina do Céu para a Terra, e pumba - hoje vais tu. Ou tipo, não gosto dos meus filhos ali para os lados da Indonésia, e lá vai um tsunami...
Uns dirão, que a seu tempo Deus me mostrará porque escreve por linhas tortas. É o que peço - Saber Porquê?
Não é pedir muito, ou é? Afinal, sei que não sou o único, a querer olhar o céu.

"I only want to say
If there is a way
Take this cup away from me
For I don't want to taste its poison
Feel it burn me,
I have changed I'm not as sure
As when we started
Then I was inspired
Now I'm sad and tired
Listen surely
I've exceeded
Expectations
Tried for three years
Seems like thirty
Could you ask as much
From any other man?
But if I die
See the saga through
And do the things you ask of me
Let them hate me, hit me, hurt me
Nail me to their tree
I'd want to know
I'd want to know my God
I'd want to know...."


5 comentários:

  1. Há perguntas eternas, e essa talvez seja uma delas. Quer queiramos, quer não, somos limitados. Essa pergunta é uma das provas. No meio de tantas outras...

    ResponderEliminar
  2. Já agora, andam bem situados os teus ouvidos :)

    ResponderEliminar
  3. Isso o melhor sítio para encontrar respostas dessas é aí dentro :):)

    ResponderEliminar
  4. Para a CF
    Tenho dias em que trato muito bem os meus ouvidos, outros, nem tanto :)

    ResponderEliminar
  5. Para a Antígona
    E julgas que me vasculho todo???

    ResponderEliminar

Sputnickadelas