Temos andado entretidos e distraidos, pela comunicação social, com alguns fait divers que desviam a nossa atenção em relação à gripe A, no caso de haver real risco de pandemia.
As eleições, as escutas, os submarinos, ocupam quase todo o espectro noticioso.
Deveria haver mais informação e prevenção. Mais presente e constante. Firme quanto baste. Não alarmante, mas consistente. Mandar a malta votar com caneta pessoal até pegou, mas, e o resto? O que se tem dito não chega, e é ignorado pela esmagadora maioria das pessoas. Receio que no caso de propagação galopante, haverá pânico, histeria, e excessos. Somos um país sem meio termo, ou é 8 ou 80. Basta recordarmos os dias em que Portugal esteve uns dias com menos combustivel, por via da greve dos camionistas, e imaginar a malta a barricar-se em casa, não sem antes abastecer o bunker com medicamentos e comida, tanto quanto conseguirem. São os dos 80.
Facilitar pode resultar num caos. Se pensarmos em pura aritmética, em que 1 pode contaminar 3 em 24 horas, ficamos com um número assustador: 2187 numa semana. A observação da evolução da doença, e das medidas aplicadas, em países mais a norte que o nosso, pode ser fundamental.
A leitura da notícia abaixo, foca o impacto económico de uma possível pandemia que, a acontecer, coincide precisamente com a época do pico de vendas: o Natal.
Será pouco provável que quem de direito, venha a público desaconselhar as deslocações aos espaços comerciais, onde certamente teremos mega concentrações de gente constipada, a tossir e a espirrar. Estes locais serão os principais potenciais depositários do vírus. Senão vejamos - desde o manuseamanto colectivo de artigos; do dinheiro de mão em mão; da colocação das mãos num corrimão, cadeira, mesa; da proximidade das pessoas; da permanência em espaço fechado.
Será que vamos andar todos de luvas e máscara? Preservativados? Amuquinados?
A acção de quem deve aconselhar está seguramente manietada por interesses económicos, e só serão mais presentes, quando a situação estiver a descambar.
Já decidi:
O melhor é fazer as compras de Natal, no São Martinho. E de manhã. Sempre tem menos malta. A tossir e a espirrar.
"Mais do que espirros ou dificuldades respiratórias, a gripe A está provavelmente a causar alguns “ataques de nervos” aos economistas, que ainda não perceberam qual será o seu verdadeiro impacto na economia e se será motivo suficiente para nos fazer mergulhar por mais tempo num clima de recessão.
Para já, o custo económico da gripe está a ser marginal, na ordem dos 0,002 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo um estudo da Natixis.
Mas a história mundial já mostrou, por várias vezes, que as doenças não necessitam de se manifestar a uma grande escala nem de ter uma grande virulência para terem impacto nas economias. Com o Outono à porta no hemisfério Norte, o efeito de uma segunda vaga de gripe poderá ser bem maior do que o até agora ocorrido, porque coincidirá com o momento em que as várias economias começam a sair da crise e com a forte época de vendas que é o Natal.
Um estudo da Deloitte, em colaboração com a Intelligent Life Solutions, já contabilizou alguns dos possíveis custos da pandemia para o nosso país. De acordo com a projecção, o absentismo laboral motivado pela infecção com o H1N1 poderá originar uma redução do PIB nacional entre 0,3 e 0,45 por cento, um valor que pode oscilar entre os 490 e os 740 milhões de euros.
Do lado dos empresários já se levantaram vozes de receio, de que a gripe acelere as falências. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal estima que milhares de estabelecimentos fechem temporariamente as portas, como consequência de um pico de pandemia."
Revismarket
Todos os Centros Comerciais estão apetrechados com desinfectante de mãos. Existem cartazes explicativos por tudo quanto é sítio. As escolas, bem como as empresas, têm planos de contigência. Os miudos,nas escolas, têm aulas informativas sobre as medidas a tomar, os hospitais estão alerta e já há centros especiais de atendimento (ainda hoje passei por um cartaz com seta, à saída do IC20, que dizia " - "Gripe A - Atendimento". As vacinas já começaram a ser administradas. Não sei mais o que se pode fazer! Informação não falta, as pessoas é que têm, agora, de cumprir com as medidas preventivas.
ResponderEliminarEssa é a questão A. E vamos desinfectar as mãos a todo o momento? Claro que não. Podem haver medidas e recursos, mas se bem conheço a nossa malta, o lema é o de que o azar bate sempre no vizinho do lado. Contudo, já existe consciência sim, ou normas de procedimento - vou ao banco, e acabou o "pôssôbém". Ficamos pela vénia. :) Jinhos e as melhoras do Mr.D.
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