quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Atchim !



Temos andado entretidos e distraidos, pela comunicação social, com alguns fait divers que desviam a nossa atenção em relação à gripe A, no caso de haver real risco de pandemia.
As eleições, as escutas, os submarinos, ocupam quase todo o espectro noticioso.
Deveria haver mais informação e prevenção. Mais presente e constante. Firme quanto baste. Não alarmante, mas consistente. Mandar a malta votar com caneta pessoal até pegou, mas, e o resto? O que se tem dito não chega, e é ignorado pela esmagadora maioria das pessoas. Receio que no caso de propagação galopante, haverá pânico, histeria, e excessos. Somos um país sem meio termo, ou é 8 ou 80. Basta recordarmos os dias em que Portugal esteve uns dias com menos combustivel, por via da greve dos camionistas, e imaginar a malta a barricar-se em casa, não sem antes abastecer o bunker com medicamentos e comida, tanto quanto conseguirem. São os dos 80.
Facilitar pode resultar num caos. Se pensarmos em pura aritmética, em que 1 pode contaminar 3 em 24 horas, ficamos com um número assustador: 2187 numa semana. A observação da evolução da doença, e das medidas aplicadas, em países mais a norte que o nosso, pode ser fundamental.
A leitura da notícia abaixo, foca o impacto económico de uma possível pandemia que, a acontecer, coincide precisamente com a época do pico de vendas: o Natal.

Será pouco provável que quem de direito, venha a público desaconselhar as deslocações aos espaços comerciais, onde certamente teremos mega concentrações de gente constipada, a tossir e a espirrar. Estes locais serão os principais potenciais depositários do vírus. Senão vejamos - desde o manuseamanto colectivo de artigos; do dinheiro de mão em mão; da colocação das mãos num corrimão, cadeira, mesa; da proximidade das pessoas; da permanência em espaço fechado.
Será que vamos andar todos de luvas e máscara? Preservativados? Amuquinados?
A acção de quem deve aconselhar está seguramente manietada por interesses económicos, e só serão mais presentes, quando a situação estiver a descambar.

Já decidi:
O melhor é fazer as compras de Natal, no São Martinho. E de manhã. Sempre tem menos malta. A tossir e a espirrar.




"Mais do que espirros ou dificuldades respiratórias, a gripe A está provavelmente a causar alguns “ataques de nervos” aos economistas, que ainda não perceberam qual será o seu verdadeiro impacto na economia e se será motivo suficiente para nos fazer mergulhar por mais tempo num clima de recessão.
Para já, o custo económico da gripe está a ser marginal, na ordem dos 0,002 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo um estudo da Natixis.
Mas a história mundial já mostrou, por várias vezes, que as doenças não necessitam de se manifestar a uma grande escala nem de ter uma grande virulência para terem impacto nas economias. Com o Outono à porta no hemisfério Norte, o efeito de uma segunda vaga de gripe poderá ser bem maior do que o até agora ocorrido, porque coincidirá com o momento em que as várias economias começam a sair da crise e com a forte época de vendas que é o Natal.
Um estudo da Deloitte, em colaboração com a Intelligent Life Solutions, já contabilizou alguns dos possíveis custos da pandemia para o nosso país. De acordo com a projecção, o absentismo laboral motivado pela infecção com o H1N1 poderá originar uma redução do PIB nacional entre 0,3 e 0,45 por cento, um valor que pode oscilar entre os 490 e os 740 milhões de euros.
Do lado dos empresários já se levantaram vozes de receio, de que a gripe acelere as falências. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal estima que milhares de estabelecimentos fechem temporariamente as portas, como consequência de um pico de pandemia."

Revismarket



2 comentários:

  1. Todos os Centros Comerciais estão apetrechados com desinfectante de mãos. Existem cartazes explicativos por tudo quanto é sítio. As escolas, bem como as empresas, têm planos de contigência. Os miudos,nas escolas, têm aulas informativas sobre as medidas a tomar, os hospitais estão alerta e já há centros especiais de atendimento (ainda hoje passei por um cartaz com seta, à saída do IC20, que dizia " - "Gripe A - Atendimento". As vacinas já começaram a ser administradas. Não sei mais o que se pode fazer! Informação não falta, as pessoas é que têm, agora, de cumprir com as medidas preventivas.

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  2. Essa é a questão A. E vamos desinfectar as mãos a todo o momento? Claro que não. Podem haver medidas e recursos, mas se bem conheço a nossa malta, o lema é o de que o azar bate sempre no vizinho do lado. Contudo, já existe consciência sim, ou normas de procedimento - vou ao banco, e acabou o "pôssôbém". Ficamos pela vénia. :) Jinhos e as melhoras do Mr.D.

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Sputnickadelas