quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Navegar é preciso

Viajar tem tudo de bom. Nem que seja para ir ali à esquina. É bom sentir novas paragens, outros cheiros, outras palavras, outras músicas, outros sabores, e trazê-los dentro de nós. Concebo o viajar no sentido da palavra, a do viajante. Concebo menos a viajem de turista.

Em viajem, sou ávido de tudo o que me cerca, estou em constante estado de absorção, e tanto me perco em vielas fora do mapa, como nos monumentos catalogados. Dormir, só o indispensável. Não sou adepto do turismo carneirinho, da pulseirinha, da excursão, da visita guiada, das fotos tipo irmã da Marge Simpson, nem sou de todo a pessoa ideal para me pedirem recuerdos. Sou egoísta, portanto. Se fotografo é para desfrute próprio, e o mesmo se aplica ao uso dos trocos que levo.
Nem todos os sonhos nos são possíveis, no entanto são-nos lícitos. Sonho no dia em que possa viajar até um destino, de mochila e sem mala, com passagem ou destino de ida, e uma vez chegado, dali decidir outro e outros destinos, sem dia nem local marcado para a volta. Aí sim, deixarei em definitivo de ser o turista, e sim o viajante. Poderei sentir que conheci aquele local, em vez de apenas ter estado lá.



2 comentários:

Sputnickadelas