quarta-feira, 7 de outubro de 2009

(Des)encontros


O grande Vinicius dizía que "a vida é a arte do encontro, embora exista tanto desencontro na vida".
O encontro, tal como o desencontro, veste muitas capas. Quantas pessoas procuram ser encontradas, e nunca por acaso, e quantas outras porporcionam o desencontro, premeditando-o. Fazendo-o acontecer.

Mesmo o verdadeiro encontro, ou pelo menos o que mais se aproxima do genuíno, é o casual, aquele em que não esperamos mesmo que aconteça. Mas mesmo assim, se ele acontecer numa praia, sem gente, em tarde de outono, no mínimo será com alguém que partilha esse gosto. O de ir à praia, enquanto todos a guardaram para o próximo verão.

Mais fácil é o desencontro, basta não querer ser encontrado. E mesmo que sendo, sempre se pode argumentar que o encontro é nessa estação, mas o comboio já passou. Um atrazo no encontro, pode derivar no desencontro.

Gosto de imaginar o encontro no acaso, no plano da teoria do caos, como tão bem retratado no "fabuloso destino de Amélie Poulin".



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