sábado, 31 de março de 2012

a Madrinha

A madrinha do meu pai era uma senhora daquelas tipo vedeta dos filmes dos anos cinquenta, alta, bonita, fina, de um porte a puxar muito mais para o germânico do que para o lusitano. Eu gostava muito de ir lá a casa por tudo. Pelo requinte daquela casa de Arroios, pela arrumação imaculada, pelos aromas. Tudo ali me parecia à filme. Num final de tarde, na visita da praxe, a Senhora Dona Isabel, assim se chamava a elegante bem vestida madrinha, estava eufórica, tinha adquirido um EP de um jovem cantor, de voz quente e madura, e queria-o no gira-discos quanto antes, coisa que, o solicito e também bem trajado filho se apressou a fazer. Fiquei maravilhado com a música, que a dado momento tem contornos de valsa. Mais maravilhado fiquei quando a D.Isabel se levanta e pede, meio em tom de ordem - Manél, dança comigo. E lá voavam, mãe e filho, sala fora, em elegante passo de dança. Aquilo era mesmo coisa de filme, do ambiente de Lisboa dos anos 60, nada tendo a ver com a vida provinciana que eu vivia do lado de lá do Tejo. Onde é que se via mãe e filho a dançar assim porque lhes deu vontade. Só mesmo na capital, e não em todas as casas. Só nas chiques. E aquela era. Foi assim que conheci o Tom Jones e o seu Delilah. Mais tarde comprei-o. Está lá para o sotão.

sexta-feira, 30 de março de 2012

ora agora cantas tu, ora agora canto eu

Estou aqui de volta das minhas papeladas, e como audio de fundo, escutando o debate na AR. Nesta troca de bola feita palavra, dos vários oradores, vem-me sempre a figura das desgarradas, onde predomina a rima e a deixa para o cantor seguinte. Na AR é parecido, mas com demagogia, bota-abaixo, e elevação da voz no final, à laia de deixa. E no final, as palmas.

quinta-feira, 29 de março de 2012

as PP's

Estes gajos da troika não são nada tolos. Prevêm tudo. Senão, vejamos: Uns iluminados decidiram fazer uma estrada de 4 faixas da Trafaria (ou perto) até Alcochete. A primeira dedução quanto à utilidade desta quadrupla via era lógica - as tias da linha do Estoril desceriam em magotes, na estação de ferrys da Trafaria, e junto com as tias da Costa, rumariam ao Freeport, em alegres excursões. Seria um não parar de passar cartão dourado naquelas lojas chiques. Mas... veio a troika, e disse que não. Que a aquele estradão de quatro vias, depois de tantas indeminizações pagas a peso de ouro, depois de tanto rasgar a terra, e de tanta árvore derrubar, tinha de ser encurtado. Em vez de Alcochete, fica-se por Coina. E Coina porquê? Simples. Em Coina, ao terceiro domingo de cada mês, realiza-se o Mercado, daqueles onde se compram lacostes a cinquérós. E assim, as tias, agora com menos poder de compra do que outrora, poderão saciar o seu vicio consumista, e manter o crocodilo na lapela. Pura utilidade pública.

Renovações

Diz-se que na Primavera tudo se renova. Bem, nem tudo. Mas muito se renova. Ou se reencontra. E como tudo o que nos faz bem deixa saudade, os regressos tornam-se numa espécie de renovação juntamente com matar a saudade. Parece que tudo está ali para nos agradar depois da invernosa ausência. Os cheiros, as vistas, e onde o mar pode chegar, limpinho, apesar das agressões humanas. Diria que a minha praia se preparou pra me receber, e fez questão que eu fizesse dela o que bem me aprouvesse. E mais não fiz, porque as nuvens vieram, e porque sim. Ou melhor, porque não.

segunda-feira, 26 de março de 2012

a informação que temos

Só a cega ganância pelas posições cimeiras na liderança das audiências, justificaria, caso fosse passível passível de justificação, a notícia dada ontem, em hora nobre, no telejornal - um jovem português de 17 anos morre em Lloret del Mar - e seguiram as notícias, como se acabassem de dizer uma trivialidade do tipo - amanhã vai fazer sol. Não entendem aquelas bestas que naquele preciso momento, todos os pais, restantes familiares, amigos, vizinhos e conhecidos de todos os rapazes de 17 anos que viajaram para aquele destino, entraram em pânico? De que valeu a notícia? O que, ou a quem ajudou? Nada. Decerto só criou apertos de coração, angústias, e um corropio aos telemóveis. Sensacionalismo puro e barato. Isto não é informação.

domingo, 25 de março de 2012

Vou começar a mexer a bica com o dedo



Chateia-me beber o galão em copo muito quente, e por isso, na pastelaria do senhor Gabriel, acostumei-me a pedi-lo naqueles suportes cromados com uma asa. Hoje foi-me negado! Porquê? pergunto espantado. Porque foi proibido. Proibido??? Sim, tivemos de os retirar, porque tem a ver com qualquer coisa de contaminar não sei das quantas, e vá lá que não me multaram. Abri metade da boca. E há mais, qualquer dia as colheres da bica também acabam, e passamos a servir aquelas tipo pauzinho, em plástico. Fiquei boquiaberto.

Por esta linha de acção, coerentemente, num futuro próximo, as refeições serão servidas ao estilo classe turistica nos aviões - copo e talheres de plástico, e pratos nem pensar. Comeremos ao estilo pocilga, qual javardos, como se vê nos locais fast food. E tudo em nome de uma hipócrita legislação que falsamente pretende defender os consumidores das agressões de uma suposta falta de higiene. Não se preocupam os iluminados que determinam estas normas, em verificar o que realmente pode prejudicar a nossa saúde, e aí teriam de começar pelos políticos que só não nos envenenam o ar que respiramos porque também o respiram. De resto, aqui deixo uma pérola ouvida algures, que deita por terra qualquer norma protecionista, no que toca a higiene, dita por alegado chef de uma enorme cozinha, responsável por colocar comidinha bonita em pratos pagos a peso de ouro a ilustres engravatados, seus amigos, suas esposas, secretárias, filhos e netos ( e peço desculpa pela linguagem, mas isto só tem piada (e nem tem, porque dá que pensar) se for enunciado sic ) "nunca se esqueçam que a mão que confeciona a vossa comida, é a mesma que pega no papel que limpa o cú". Quem sabe os que se preparam para interditar a colher da bica, não se deliciaram, inocentes, em repasto elaborado após satisfação fisiológica da mão que lhes embalou a comidinha.

Mar

Porque me acalmas, me transmites força, me deslumbras, me equilibras, me lavas, do interior à casca, és-me vital.

sábado, 24 de março de 2012

Danos colaterais

A crise é como um vírus, instala-se, ramifica-se, e vai minando, contaminando tudo o que pode alcançar. Faz algum tempo que por via da dita, e por iniciativa própria me ditei a um descanso meio forçado, às noites musicais de sábado. Isto porque entendo que há que ter quorum para me sentir bem no que faço. E esse quorum passa por me sentir útil no final de cada noitada de músicas, de sentir que contribuí para a festa, e não, ficar com aquela sensação de ter sido mais uma parcela da despesa. Pelo que se vai observando nos vários locais onde se vende comida, a falta de assiduidade da clientela, junto com os aumentos de energia e impostos, uma grande parte deles vai fechar a porta, e contribuir para aumentar o grosso número dos desempregados, porque a malta trocou o bitoque pela marmita. Quanto às músicas, serão de acordo com o que acima foi dito. Que haja quorum. E hoje é dia. Aliás, noite. Será um bom regresso, não só pelas cantigas, mas por todo o ritual envolvente. Aproveite-se.

sexta-feira, 23 de março de 2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

árvore dos amigos

Estendo a definição não só aos amigos, bem como aos conhecidos. Amigo é uma espécie de soldado de elite, que só merece o estatuto depois de muitas provas dadas, anos a fio, e sem sombra de dúvida. Fique-se pois, no campo alargado, e abra-se o leque aos conhecidos. Com tristeza venho constatando que o meu leque se vai diminuindo. Não se passam muitos dias entre a notícia de este se foi, aquele também, e aquele outro, que parecia estar tão bem, está em vias de ir. A minha árvore de conhecidos não é de folha caduca, dado que só se vive uma vez, e uma vez caída a folha, o galho não se renova. Ontem caiu mais uma folha. Cedo demais, sempre nos lastimamos. De tal modo tem sido, que cada vez aumenta mais o meu receio de perguntar por pessoa que sei de maleita, e ouvir a resposta que já ouvi - ah, não sabias? Já se foi. E com esses rostos que fizeram parte da nossa árvore, arrumados numa outra árvore, vamos ficando aos poucos mais pobres.

terça-feira, 20 de março de 2012

Momentos Zen

Coincidência pura. É a segunda vez que os encontro. Ao domingo de manhã. No primeiro encontro escolheram um local com vista arrepiante, na serra. No segundo, a gruta. Ambos os locais com o mar como pano de fundo. Devem ser uns trinta, homens, mulheres e crianças. Reúnem-se em circulo, falam, rezam, e no final, tocam um irritante tambor e um gongo daqueles orientais, sem qualquer cadência lógica ou agradável. Tocam porque sim. Se bem que o tocar aqui não se pode aplicar, dado que o acto de tocar um instrumento, pressupõe arte e harmonia.
No final do ritual, curiosamente ao contrário do que seria de esperar, dou com eles colados aos telemóveis, a fumar e a tirar fotos. Apenas um elemento desta tribo se prestou à contemplação do mar, prolongando o suposto momento de meditação. Achei que eles se juntam naquilo, tal como tocam, porque sim. E não pelo sentir interior. Não fiquei o tempo suficiente no local, para confirmar se o deixaram como o encontraram. As velas ainda ardiam, quando todos debandavam.


segunda-feira, 19 de março de 2012

torto por linhas tortas

A semestral visita de rotina ao doutor, os exames e as análises, levam-me aos locais do costume. No corropio, começo por estranhar a disponibilidade na obtenção da consulta, depois nas marcações dos ditos exames, quando me dirijo ao guichet outrora sempre apinhado, e agora meio às moscas, e porque num destes natais toquei para aquela maralha toda da clínica, brinco - então meninas, há menos doentes, ou a crise já chegou aqui? Crise, veio a resposta em coro. Com efeito, as incisivas medidas deste progressivo governo tem afastado as pessoas, dos locais onde, supostamente, lhes tratariam da saúde, mas como não há dinheiro, morre-se mais rápido. E algumas meninas temem ser dispensadas, se assim lhes faltarem as marcações, Caso para dizer que estamos em vias de nos podermos comparar com os timings de espera, nos locais onde se trata da saúde, de países desenvolvidos tais como o Luxemburgo, ou os países nórdicos. Com resultados práticos opostos. mas isso não interessa aos que se dizendo "sociais" e "democratas" não olham a meios para atingir os seus fins. Temos pois, como resultado, o fim de muitas listas de espera por KO. Porque como diz o outro, a malta é piegas, e ele, que não o é, tudo fará para ser um bom pau-mandado, custe o que custar.

domingo, 18 de março de 2012

o trilho secreto

Os habitantes da aldeia próxima usam-no uma vez por ano. A convite, com muita honra, e porque o corpo me permitia, atravessei os seus cerca de doze quilómetros, primeiro a subir, e a subir, muito, depois, a descer, e a descer muito, até ao oásis, a praia. Merecida recompensa. Quando é permitido atravessá-lo, na sexta-feira santa, lá se vêm os grupos em peregrinação. Não é um caminho, é O Caminho. Durante o trajecto em que palmilhamos o seu enredo, não damos de caras com um único vestígio do bicho homem. Muitos dos trilhos são atapetados pelas folhas caídas, e é como que se esses pedaços estivessem alcatifados, de tão suaves que são. Em muitos locais, a vegetação é tão cerrada, que a luz difícilmente ali penetra. Mas bom mesmo, disse-me o amigo da aldeia, é ficar ali, sozinho, quieto, mudo, sem fazer um ruído, comungar com a passarada, e com sorte avistar a fauna residente, de preferência no início ou no final do dia. O problema é que do acesso ao trilho, poucos sabem. Hoje descobri-o. O Caminho. Palpita-me que em breve desvendarei mais do que os parcos metros que hoje lhe palmilhei. Sei que é proibido. Se por lá me acharem, que me prendam. Pelo menos como de borla durante uns dias.

sexta-feira, 16 de março de 2012

f.d.p. line

Só mesmo em Portugal nasceria a ideia de inventar uma marca com o nome de um ditador. O argumento manda por terra qualquer objecção - a marca Salazar vende, e estamos em crise. E . Em breve teremos pois, nas mais afamadas lojas gourmet as iguarias Salazar, vinhos Salazar, quem sabe, bandeirinhas, porta-chaves, bolas de futebol, lapiseiras, corta-unhas, com o comercial logotipo Salazar, tudo made in China, claro está. Pouco me admirarei que o modelo seja copiado aqui ao lado, onde daremos de caras com os caramelos Franco, ou que de terras mais distantes, importemos o delicioso schnaps Hitler, ou mesmo a vodka Estaline. Brincadeiras aparte, o que mais me indigna é que certamente a marca Salazar vai vender. Que não se esqueça uma recente votação sobre a figura do século, e a posição alcançada pela figura. A culpa, está em todos nós, está na direita que bem lê pela cartilha, está na esquerda que na prática, e sempre que pode não difere da direita, está naqueles que se dizendo da democracia não deixam de exercer uma ditadura dissimulada, de alvas luvas e colarinho a condizer. A ser moda, isto da marca com nomes de fdp, e para não ficarmos para trás, aqui pelas bandas de Setúbal, talvez um Moscatel, com o nome de algum filho da puta da PIDE que se tenha destacado, nos tempos da outra senhora. E a malta bebe, saudosista, porque dar de beber à dor é o melhor, já dizia a a Mariquinhas. Por estas, por outras e mais outras, é que morre todos os dias, mais um bocadinho, o meu orgulho de ser nacional.

quinta-feira, 15 de março de 2012

domingo, 11 de março de 2012

Apoiado

Uma das regras de ouro que aprendi nas minhas andanças em passeios com tempero a aventura, foi a de não deixar vestígios da minha passagem pelos locais. Nada difícil se pensarmos com um mínimo de civismo, ou seguindo aquela recomendação de alguns sanitários públicos - deixe este local como gostaria de o encontrar. Continua a ser muito difícil para mim, entender o porquê de existirem pessoas que teimam em emporcalhar o ambiente nem que seja com uma ponta de cigarro, quanto mais com sacos contendo restos de comida e afins. Decerto será também difícil para quem se deu ao trabalho de afixar esta folha, pela Arrábida fora, porque doi olhar o contraste entre a beleza da paisagem natural, e a imundice provocada pelos ditos Porkus Immundos. Todavia, não creio que o texto venha a modificar comportamentos nos cujos, dado que os porcos não sabem ler. Além de porcos são estúpidos.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Noite da Mulher

Crise à parte, eis que o restaurante estava totalmente reservado. Seja porque o preço era convidativo, ou porque há que comemorar a qualquer custo, e o custo já o disse era módico. O espaço foi literalmente invadido pelo sexo feminino, em busca em busca de alegria, coisa que cedo chegou, ao virar das primeiras sangrias. E a temperatura lá foi aumentando, na medida em que desciam as bebidas, as luzes se reduziam, a música aumentava de ritmo e de volume, até se chegar ao ponto máximo da noite - quando anunciei A música dedicada a todas as presentes, you can leave your hat on onde tentei plagiar o melhor que pude o Joe Cocker, enquanto uma boa meia dúzia de mulheres imitava a Kim, algumas em cima das mesas, para contentamento da pouca rapaziada que por ali estava. Pobre de mim, que apesar de colocar o pessoal a tirar a roupa, não me pude permitir ao desfrute do olhar, dado que tinha que estar atento à letra e à execução. Ossos do ofício...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da Mulher

E porque não o dia do Homem? Se segundo dizem o Homem nasceu primeiro? Afinal a Mulher, a fazer em supostos entendidos provém de uma costela do Homem. Caminhando por este raciocínio, perigosamente se poderá concluir que sendo a Mulher (não todas) algo maravilhoso (retiro o não todas,e coloco algumas), mais maravilhoso será aquele de onde ela, a Mulher se formou, o Homem. E aqui podemos estar perante um resvalar narcisista mais ou menos assim - se um homem adora a Mulher que é feita da costela do Homem, então o homem vai auto-adorar-se. Puro canibalismo, se imaginarmos a coisa mais profundamente. Rejeito portanto, e radicalmente a teoria da costela. O que me leva à velha questão do ovo e da galinha. Seja como for, hoje é o dia da Mulher, no qual estarei interventivo. Ao que sei esperam-me umas boas dezenas de bem dispostas e barulhentas

mulheres para mais logo, ao jantar. Brincadeiras áparte, a Mulher merece o Seu dia. Aqui fica o meu agradecimento. Quanto ao dia do Homem, quem sabe um dia alguém o inventa, e lá se consegue mais um pretexto para uma farra.

terça-feira, 6 de março de 2012

Perfeito

Dizia-me um ilustre amigo, há uns anos ser fã do Roberto Carlos, pois as suas letras expressavam exactamente o sentir feminino. Retorqui que não só, que Chico Buarque, até numa forma superior sabia sentir o que sente a Mulher e colocar em letra e música, qual delas a mais bonita. E por aí veio também à baila o Vinicius, e a Betânia. Não me lembrei deste outro colosso da MPB, o Ivan Lins. O que leva a concluir que no que toca a entender o que vai por dentro do ser Mulher, os nossos irmãos são perfeitos mestres. Que o digam todas as obras primas editadas ao longo de décadas, canções nas quais, cada um de nós, se revê, nesta ou naquela. Umas vezes mais, umas vezes muito. Nós por cá, vamos fazendo a festa com a Adelaide Ferreira, e o seu papel principal.

sábado, 3 de março de 2012

dos Prazeres dos Momentos

Mais um momento, feito página, do livro dos bons momentos que a vida me vai permitindo viver. Saborear as conversas com quem já se partilhou tanta estrada, recordar os momentos passados, saber de novos planos e rumos. Partilhar as canções, assim como quem joga conversa, sem ensaio nem combinação prévia. Inventar solos, segundas vozes, faz tudo parte do bouquet dos pequenos afluentes do rio. Uma boa noite que deixou água na boca para a próxima, que se adivinha bem mais íntima. Será a do núcleo duro.

Incríveis semelhanças



Aparentemente as duas imagens acima são iguais. E são. Contudo existe uma subtil deferença não detectável a olho nu. E essa diferença consiste na data e hora em que ambas foram tiradas - enquanto que a primeira foi tirada mal o jogo tinha acabado, a segunda foi lá pela madrugada, após a saída do porteiro. O resto, é tudo igual, o palco, e os artistas do costume.