sábado, 30 de março de 2013

sexta-feira, 29 de março de 2013

My Girls





O Papa-Xico

E porque hoje é sexta-santa, e porque temos um novo papa novo, ou mais novo, não ficarão mal umas considerações sobre algumas expectativas, fundadas ou não, de todos os que acreditando ou não, reconhecem na pessoa que ocupa o cargo, uma grande responsabilidade, em manter as coisas como estão, ou não. Incluo-me no grupo dos não alinhados, embora espere que, para o bem de muitos, a nova sua santidade, não se fique por palavras comoventes sobre os pobres, ou actos simbólicos de lavar os  pés dos presos. A igreja precisa urgentemente, sob pena de perder muito do seu rebanho de fiéis, de dar o devido valor à Mulher, dentro do seu seio, de deixar as posições absurdas sobre o aborto e a camisinha, e de largar o discurso de dizer a tudo: amen. Se o papa alemão retirou o burro e a vaca do presépio, este papa bem pode decretar que que José é o pai biológico de Jesus, porque a malta pouco acredita do pai natal, e muito menos que as cegonhas é que trazem os meninos.
Por enquanto, nada contra nem a favor deste papa. O que vi foram alguns fait divers com carácter de humildade. O futuro nos dirá se vêm de dentro, ou se são meros tiques iniciais que se esfumarão com os tempos.
Passos Coelho tive um tique de humildade, logo a seguir à sua tomada de posse, viajou para Bruxelas, em classe económica, mas depois... passou-lhe o tique.

a guerra dos decibéis

Entra pela loja dentro, aos berros no telemóvel, atrás dela, o trio de crias, igualmente barulhentos. A pessoa de serviço, na loja, aguarda e reza para que a ligação seja curta, e a suposta cliente se cale, e cale as crias, que entretanto iniciam o ritual de mexer e remexer em tudo por onde passam. Mas ela não se cala, grita e berra, no seu dialecto, que não me deixa de ser familiar, mas neste volume não há quem aguente. Em contra-ataque, o gajo da loja saca de dois telecomandos, como se pegasse em dois colts do far-west e dispara directo e certeiro à secção de tv's, colocando-lhe os volumes no máximo. A Torre de Babel estava instalada, as três pequenas berrantes criaturas, a criatura maior, e a meia dúzia de led's e lcd's, impunham a plenos pulmões e alto falantes os seus decibéis. Mas a cereja no topo do bolo estava para vir - eis que toca o telefone da loja, e esforça-se o lojista por se fazer escutar. E eis que de repente, a mãe,sem dialecto, ordena às crias, a retirada, sem dizer ao que vinha. Ainda a ouviram a dizer à saída, que não se podia estar ali dentro, com tanto barulho, enquanto, os tv's eram silenciados.
qualquer semelhança entre esta ficção e o meu quotidiano é mera coincidência.

quinta-feira, 28 de março de 2013

o animal político

Pensava eu que a definição de animal político tinha como exemplo um homem que tendo feito obra, no competente exercício da sua função, assim merecesse ser apelidado. Vejo um animal político, por exemplo em Winston Churchill. Pelo contrário, vejo nos nossos rasteiros políticos, apenas oportunismo partidário, falta de de carácter, mentira compulsiva, e uma lata descomunal. O regresso deste sebastião, ao qual, ontem, um dos quinhentos comentadores chamou de animal no bom sentido, prova mais uma vez a que a estupidez das pessoas não tem limites, que a memória de muita gente é volátil, e que o que importa não é o trabalho que o homem faz, ou fez, neste caso. O importante, (vide post anterior) é a imagem, a roupagem, o timing certo, apimentados por uma forma de estar e falar tão convincente como um Al Pacino. E como em terra de cegos, quem tem olho é rei,este animal, teve olhinho - esperou em banho maria, quieto e calado, o momento certo para a grande aparição, com todos os holofotes apontados à sua pessoa, e argumentos astuciosamente preparados para desancar os seus ódios de estimação. Depois deste 1º acto, o animal político, mentiroso que é, decerto não vai andar apenas por aí a tecer comentários, como ele mesmo afirmou. Creio que depois de ontem,a seguro, de seguro, só lhe restará o nome. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

a Arte de Joana

Dessem os meios, apoios e condições à minha prima Ângela, e estou certo que Versailles seria pouco para os seus devaneios de inspiração. Mas não. Fica-se a minha prima pelo talento.Nato.
Por mais elogios que leia, não consigo gostar do lustre de ob's, do amontoado de ferros bosch, ou do austin forrado a carabinas. Tornou-se in gostar das obras da Joana. Nada contra. A liberdade de gostar, apreciar e entender, é igual à liberdade da criação. No entanto, não resisto a recordar um video que ainda deve andar aqui pela net de um desenho rabiscado, numa escola infantil, e colocado à socapa numa importante exposição, em Barcelona. E era ver os eruditos a tecer elogios, e as mais fantasiosas interpretações daquilo que não era mais do que uma folha de papel esborratada por uma criança.
assim são muitos seres humanos, desdenham na feira de rua, do livro, a preço de rua, pelo qual darão um balúrdio numa qualquer fnac, com capa de última edição. parolos, portanto, e desprovidos do apego ao essencial, que como bem diz Exupéry, é invisível a olhos, que apenas captam o supérfluo.

terça-feira, 26 de março de 2013

Domingo descobri esta

não há dúvida que a internet, facilita em muito, na pesquisa. vi de relance um prato que me pareceu bem. fui ao google, e entre dicas de receitas do Brasil e São Tomé, e os sábios conselhos da dona Piedade, criei isto:
Refogar o alho e a cebola picados, em em azeite, com um pouco de óleo de palma, meio caldo knorr.

Juntar, sal qb, leite de coco, coentros em abundância, banana às rodelas, e camarão descascado.

e fica assim, bom que se farta.

Metas

Somos, nos últimos anos confrontados com medidas impostas pelos governantes, que lenta e seguramente, nos vão asfixiando. Mesmo para aqueles cuja almofada financeira lhes chega e sobeja, o vislumbre do futuro, nem que seja para os seus descendentes, tem tudo menos de seguro ou previsível. Quando nos dizem que nos vão apertar a corda, dizem logo em seguida que talvez a tenham de apertar mais, mais à frente. É como se nos dessem um vislumbre de meta, avisando que para lá da mesma, mais metas se seguirão. A avaliar pelo rotundo falhanço das previsões do nosso governo, a recente declaração de gaspar sobre o que se está a passar no Chipre, faz-me pensar que o banco poderá ser o lugar menos seguro para guardar os tostões. A hipótese do anuncio de mais uma meta,parece cada vez mais óbvia, a pretexto oportuno do contágio cipriota.

segunda-feira, 25 de março de 2013

desabafos

Não deixa de ser curioso e estranho este estado de espírito, de me ter afastado destas escritas, até porque gosto de as postar, gosto de registar por aqui parte de mim, aquela parte que achamos bem divulgar e partilhar, dado que ao restante, aquilo que por vezes nos tenta a abrir para fora, tem, em nome de tantos motivos, de se resguardar no recato. Isto, do foro íntimo.


No que toca ao dia a dia, não há falta de motivos de inspiração,antes pelo contrário, existe uma quase fonte inesgotável de pontos (passa neste momento na rádio a última dos Azeitonas, mais um ponto, à primeira audição, tem ali um bocado de psico-chickn, dos Talkin Heads) de interesse, sem falar das autênticas bombas com que somos premiados constantemente, ele é o papa e os pobres,ou o regresso do sócrates, ou o Chipre e o dinheiro debaixo do colchão (se o houver), o belmiro e os salários low-cost, a clarividência da Clara, no eixo-do-mal, a dizer aquilo que venho dizendo há anos - que a nossa esquerda, na prática, joga na direita.

Poderia falar das músicas, essas sim uma constante fonte de renovação, por mais parecidas que pareçam, porque afinal, sempre que se quer,podemos modificar a canção, ou porque os públicos nunca são iguais, ou porque visitamos novos espaços, fazemos novos amigos, e revisitamos outros, em partilhas de uma comunhão que só quem tem a veia de artista, entende.

Eventualmente, poderia ter-me queixado por aqui, de uma coisa que me enfiaram pelo corpo dentro (imagine-se onde) na prevenção daquela doença cujo nome evitamos pronunciar, e providencial que foi, dado que, segundo os resultados, mais um ano passado, e seria tarde demais. Quem sabe não foi este o motivo, mesmo que eu não o saiba, ou não o admita, de um certo abandono ao cantinho dos meus desabafos, porque uma coisa é vermos os receios e os medos nos outros, outra, é vê-los em nós. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

abandono

Por meses deixei a casa-blogue ao abandono. Agora é limpar as teias de aranha, arejar, e retomar.
É um pouco como aquela música que escutamos vezes seguidas e depois, temos de nos afastar dela para criar a vontade de a revisitar.