segunda-feira, 12 de outubro de 2009

o Dia Seguinte

Terminada a maratona eleitoral, e no rescaldo das euforias justificadas a uns e forçadas noutros, como sempre, creio ter chegado o tempo de arregaçar as mangas, ou seja de deitar mãos à obra, que é como quem diz colocar - não gosto de usar o pôr - a mão na massa. De massa, leia-se trabalho, pois na outra sabemos que não precisamos recomendar. Eles colocam. Ou põem. E muito.

Findo o circo eleitoral, onde não houve muitas novidades, em que quase tudo foi previsível, não nos resta mais exigir que eles trabalhem, e honrem os seus programas e propostas eleitorais. Se a nós, eleitores, contribuintes, que somos o real suporte da máquina onde eles se movem, se sustentam e auto-financiam, nos é exigido trabalho, competência, quantas vezes a obediência, e uma descomunal carga fiscal, o mínimo que lhes podemos pedir, é que trabalhem. Que sejam competentes, que dêm o exemplo, porque os exemplos vêm de cima. Que não nos façam sentir sempre os mesmos otários quando atestamos o depósito do carro, ou pagamos um IVA mais elevado, ou pagamos portagens exorbitantes.

Sei que num país europeu como o nosso, com tiques surrelistas de América Latina, tais como as permissões de candidaturas, como Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Avelino Ferreita Torres, e pior, com a vitória de dois deles, pedir trabalho e honestidade, pode ser até ofensivo, mas pedir ou sonhar ainda não é tributado. Que eu saiba.

Para começar, seria bom que eles recolhessem todo o lixo eleitoral, que eles fizeram. Já seria um bom começo.
Reformulando a tão célebre frase do nosso Professor Aníbal:
Trabalhem, e deixem-nos trabalhar.
.....
"Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou"

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