Perguntei-me qual a fórmula, de dizer a uma mãe, um pai, que o seu filho morreu. Em combate. Que não é mais um valente combatente. Que passou a mais uma baixa. Um número, portanto. Que o corpo da baixa, perdão, do filho, virá dentro de uma caixa forrada com a bandeira nacional. Que eles, os pais, vão receber uma medalha. Junto com a caixa. Não creio que a fórmula exista, para além de um método de procedimento militar e frio, de mãos bem lavadas do sangue do soldado que nunca chegou a ser homem.
Questiono-me o que fará este Peaceful Man, dadas, a herança adquirida, as promessas que assumiu e o prémio que recebeu. Gostaria que o fizesse hoje. Amanhã também serve, mas hoje seria melhor, pode poupar-se quem sabe, uma vida que seja. Para não se tornar mais uma baixa. E entre um número e uma vida, existe uma diferença do tamanho do universo. Nós, os pais, sabemo-lo. Eles, os putos poderão sabê-lo - uns, tarde demais, outros, por cada camarada encaixotado.
Espero que Obama sonhe.
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Sputnickadelas