sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Do Avatar à falta de Pimenta


As conversas, diz-se, e muito bem, são como as cerejas, e a nossa corrente de pensamentos também. Daí que, como numa espécie de linha contínua cheguei à conclusão que a mensagem do filme Avatar, visto ontem pela primeira vez, em matinée feita escapadinha ao trabalho, tem a ver com a falta da Pimenta lá em casa.
Com efeito, para quem viu este fabuloso filme, uma das mensagens implícitas, é a de que o bicho-homem é o maior predador que se conhece. Certo, mas o que isso tem a ver com a falta de pimenta lá em casa? Simples - ontem, armado em Ratatui quis fazer uns bifes como mostram no anúncio dos caldos Knorr, e lá vou eu em busca dos ingredientes, após tirar os óculos 3D, não ao Pingo Doce, ao qual declarei guerra, porque não suporto aqueles anúncios melosos, mas sim ao Continente, dado que estava no perímetro. Chegado a casa, faltava-me um ingrediente que não dispenso nos bifes. Esquecera-me da pimenta em grãos, daquelas de moer na hora. Saio em fato-de-treino-quase-pijama, ao mini-mercado ali perto, e nada. Volto a casa, pego na biciclete e lá vou eu ao próximo que conheço, mas... fechado. Em definitivo. Fechou. Faliu. Acabou. Dos restantes que conhecia, constou-me que já tinham fechado também. Rendido, volto a casa, visto-me com aspecto decente qb, pego no veículo, e lá vou eu, enfrentar o trânsito, para ir comprar a dita pimenta, num... hiper-mercado, perto de si.
Pelo caminho, pensava com os botões, que os predadores são como os eucaliptos, secam tudo à volta. Sonae, Auchan, Jerónimo Martins, têm conseguido dizimar aqueles aos quais, os políticos dizem proteger - o comércio local. Só quem não conheça a harmonia e a beleza do comércio local por essa Europa fora, não entenderá aquilo que digo.
Após os bifinhos, nada melhor do dar sequência à saga, e assistir ao Apocalipto. Tem tudo a ver.

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