quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ser Moderno



Gosto de dialogar com malta jovem, o que para além de me actualizar quanto a novas mentalidades, tem sempre uma mescla de alegria, irreverência e boa disposição, no debate de ideias.
O grupo, da malta jovem, ligada à música, tagarelava comigo do tema, música e seus derivados, músicos, estilos, espectáculos, até que se misturaram naquilo tudo, e nem sei bem como, as tatuagens e os piercings. suscitando as mais variadas opiniões, bem como exibições de uma outra aplicação menos ousada.
A dado momento alguém se vira para mim e pergunta-me se tenho alguma tatuagem ou piercing e respondo que não, que nunca tive sequer essa ideia, que não aprecio, e que espero manter a sanidade suficiente para assim continuar. Do meio de um ou outro sinal de aprovação, vozes se levantaram chamando ao Senhor Sputnick, de antiquado, por ser contra tais formas de enfeitar o corpo, e em vão tentei explicar que não, que não sou contra, mas apenas não gosto. Mas eles nada, que não sou moderno, e blá blá blá.
Pelo que decidi contra-atacar, e sorrateiramente esgueirei-me ao escritório, onde de marcador Edding em punho, desenhei um Bugs Bunny na barriga, e perante a gargalhada geral ao meu ventre desnudado, fui aceite como um gajo antigo, que tenta a custo modernizar-se. Agora só espero que a tinta se dissipe até à próxima época de ir a banhos.

2 comentários:

Sputnickadelas