sábado, 19 de dezembro de 2009

Basta!


Este Natal não vou vergar-me a certos (maus) hábitos das novas tecnologias. Durante muitos anos convivi com os votos de Festas Felizes institucionais, que traduzindo à letra, equivalem a um diálogo do tipo - amas-me, 'mor??? - claro que te amo. Leia-se, atitude desprovida de qualquer sentimento. Tolero os tradicionais postais de índole profissional, que há anos recebo dos parceiros comerciais com quem opero, bem como de pessoas que estão tão distantes como em Macau. Dou especial atenção às ligações telefónicas, nas horas que antecedem a noite das palhinhas, e se forem ligações pela PT, já as encaro como muito especiais, íntimas, quase núcleo duro. Contudo, não vou alinhar nos e-mails, e SMS de carácter grossista, a granel, que estampam terem sido enviados por atacado, para despachar um fardo, uma obrigação, desprovidos afinal do tão apregoado espírito de afecto natalício, e totalmente despersonalizados. Por isso, decreto black-out total a este tipo de mensagens, que para além de serem fuleiros e ridículos, muitos deles me chegam cedo demais, tal como os três que recebi hoje, afinal, hoje ainda é dia 19, e o menino só nasce quinta, à noite. Estou na fase do não quero porque tenho sims determinados, os tempos são de escolhas e de peneirar, afinal, quem me vê como pessoa e não como um número, pois é assim que vejo por quem nutro um sentimento. A esses, tudo, aos outros, temos pena, mas farão parte de um número. Abstracto. Estou fechado, para fretes. Encontro-me aberto, aos verdadeiros afectos.

2 comentários:

  1. mando sms para todos o amigos, mas todos de minha autoria e todos diferentes. Preferia que fosse um postal. Mas acaba sempre por ser um sms ou telefonema.

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Sputnickadelas