quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

dos Fumos


Ontem fui chamado às lides musicais, porque um grupo festejando o seu jantar de Natal, achou por bem retirar-me do sofá, o que muito me agradou, pois a empatia foi excelente. A sala estava aconchegada, aquecida, iluminação quanto baste, e o grupo de gente bonita, lá foi petiscando, bebericando e cantarolando, noite fora. Lá fora, chovia, senão eram cães e gatos, chovia que Deus a dava. E lá dentro, sabia bem, puxar pela malta – mesmo sabendo que não gostavas empenhei o meu anel – e olhar pela janela as gotas de chuva, escorrendo pelo vidro, e a sala tão quentinha. Mais uns tintos da casa, umas sangrias, e bradava-se – tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo, até ao apoteótico – dunas, são como divans, as ladies a vibrar com o telepatia e os óculos de sol, e eis que a maltinha do tão animado grupo, vai saindo alternadamente, da mesa, para depois, regressarem, enregelados pelo frio, molhados pela chuva, e tudo por … um cigarro. Sei que não se deve ter, mas de certo modo, tive pena deles, dos que saíram do conforto da sala, do convívio, das conversas, das cantorias, para umas fugazes passas, num pequeno momento de prazer. Prazer??? Pode ser que sim.

2 comentários:

  1. :) Há coisas poderosas, não há? Experimenta pedir que vão lá fora fazer-te um favor...

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  2. Falta o Cairo...e chiiiiiclete....
    :)

    Quanto aos fumadores...bem... nem assim deixam de fumar...preferem arriscar a pneumonia!!

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Sputnickadelas