quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Maldades


Pois sim, sei que estamos perto do Natal, que temos de ser paz e amor, todos bonzinhos, todos doces, tipo Ferrero Roché, amar o próximo e outras coisas boas e bonitas de se fazer e de se dizer. Mas, eu até faço isso tudo, sem esforço, e sem calendário. Digamos que sou bonzinho, por natureza, mas santo também não sou, e muito menos sou adepto daquela onda do dar a outra face, digamos que o olho por olho é mais a minha praia.
E hoje passei-me com esta situação - estou na passadeira de peões, o gajo vê-me, olhamo-nos, eu espantado a encolher os dedos dos pés, e a barriguinha, ele em ar de triunfo a fazer-me uma tangente com o seu potente veículo, abro os braços como quem diz, não me viste na passadeira pá? e vejo o vidro do carro descer e de braço esticado, o meu quase agressor presenteia-me com um das Caldas acompanhado de linguagem a condizer, mandando-me para um certo local.
Mas não fui, estava a saír para o almoço, e porque não seguir o meu instinto? Com aquele feeling de que o homem de dedo bonito, fosse também ele, almoçar ou dar um salto ao espaço comercial para onde, afinal, eu já me dirigia...
Confesso que dei umas voltinhas pelos parques de estacionamento, até que fui recompensado, e o avistei, ao potente veículo. O senhor do dedo não estava lá dentro. Mas talvez fosse melhor assim. Contudo arriscaria a pensar que se lembrará de mim por uns tempos, até porque lhe deixei um post-it no vidro - vai tu!

3 comentários:

  1. Epá, mas isto é o sonho de qualquer pessoa que é verbalmente agredida por energúmenos como esse. Eu em vez do post-it, tinha-lhe deixado escrito o mesmo mas com baton no vidro da frente!!!
    :)

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