
Ao ver aquela manifestação de alegria, descontração, loucura, alguma irreverência, dos nuestros hermanos em que todos demonstraram simplesmente alegria e patriotismo, coloquei na imaginação a imagem mais que utópica de ver tal festa em terras de Lisboa.
E realmente não seria praticável.
Os do Porto não viriam a Lisboa, ou a virem, os do Benfica hostilizavam-lhes o transporte. Não temos uma música cujo refrão seja - e viva Portugal - pelo que teriamos de cantarolar em forma de esgar e pronúncia deficiente- I got a feeling... Em vez de alegres comunicadores, expontâneos, teríamos deslavados e sonolentos discursos do Aníbal, do Sócrates, do Madaíl, do Queirós, e do Bispo de Lisboa. A equipe estaria pela metade, o CR7 estaria a dar mama ao filho, e os estrangeiros de passaporte portuga, teriam rumado de férias a terras de Vera Cruz, pelo que a ocasião seria meio deprimente, e pela metade, um pouco na linha da recente passagem do Pastor Alemão aqui pelas nossas bandas.
Pelo que conclúo que mesmo tendo perdido para a Espanha, com um golo ilegal, foi por boa causa, do que se prova que até no futebol há coisas que se fazem direito por linhas tortas. A nossa derrota foi um empurrão para o pontapé na crise espanhola, um incentivo à auto-confiança, e convenhamos eles merecem, porque têm garra. Vale. E quem mais que os portugueses, para fazer aquilo que os hermanos querem? Longa, é a tradição. Vale Vale.
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