quarta-feira, 28 de julho de 2010

Poirot



De um serão em esplanada, com malta amiga, cometi a imprudência de tomar duas bicas, que madrugada dentro, me deixaram desperto, eu que, durmo como uma pedra. Recorro à tv, para chamar o sono, recurso eficiente tantas vezes aplicado em outras horas. Dou de caras com o Poirot, o que não deixa de ser coincidente com algumas considerações que fui fazendo ao longo da noite de espertina. Anos houveram, que devorei seguramente uns quarenta romances da Agatha Christie, e em poucos, adivinhei o desfecho. Contudo de tanto a ler, tornei-me parceiro virtual do Poirot, admirando-lhe o estilo inconfundivel, e ainda hoje tão actual, no que respeita à análise que fazemos ao comportamento e acção das pessoas. E tal como nos romances de Agatha, na vida real, tudo tem de encaixar certinho, tal como num puzzle, a lógica tem de se revelar, e a nossas constatações tornam-se óbvias. E no final do acto, tudo faz sentido. Mais - só poderia ser assim. Nem que seja por exclusão de partes.

O filme, o clássico Morte no Nilo, não o vi até ao fim. O efeito foi conseguido - adormecer-me. O outro efeito também - o de me relembrar que as pessoas se revelam e se traem nos pequenos detalhes. Agucemos o bigode, e exercitemos as células cinzentas.

3 comentários:

  1. A mim, basta-me uma para uma noite longa. A partir das 6 da tarde, está-me proibida, a não ser que se avizinhe noitada :)
    Quanto ao Poirot, confesso que nunca lhe achei piada. Acho que nem nunca perdi tempo a vê-lo...

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  2. Sou das sortudas, ou não, que o café não tem qualquer efeito.
    Poirot, quantas noites perdidas a ler e a ver a série na tv.
    Beijo

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  3. Tudo se encaixa, que é como quem diz...âs vezes não é bem assim :):):)

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Sputnickadelas