quarta-feira, 7 de julho de 2010

Portugal profundo através da Música

Encontro um dos Luíses com quem toquei, nos palcos deste país. Depois dos - o que é que tens feito - como estás - com quem tocas - relembraram-se alguns bons momentos, quase sempre bons, em saudável convívio, em que cada pequena digressão era uma festa. Deixávamos de ser homens, para sermos putos traquinas, desde o carregar o material na sala de ensaio, passando pelas viajens, jantares e hoteis, e quase que a música, que afinal era o motivo de tudo aquilo, passava a um plano paralelo.
Andei cerca de trinta anos nestas lides, com algumas, poucas, pausas, e foi assim que conheci desde o Minho ao Algarve, aquelas terrinhas que nem vêm no mapa, com encantos genuínos, foi assim que conheci recantos de cortar a respiração, de tão verdes que eram, riachos e cascatas, onde os naturais só levam quem bem entendem, provei do melhor que se come nas aldeias, visitava as igrejas porque um baterista me ensinou a gostar de arte sacra, namorisquei aqui e ali, aproveitava as horas de lazer para fazer o turismo possível, e melhor que tudo, a fazer o que sempre amei - tocar.
Hoje, sempre que viajo por aí, nas nossas estradas, vou vendo as placas das localidades, e frequentemente digo - olha! já toquei ali. E lá vem mais uma dose de boas recordações.

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