terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MST



Foi com alguma expectativa que assisti à estreia na SIC, do Miguel, em novo formato. Leio-o desde os tempos da saudosa Grande Reportagem, a melhor publicação, quanto a mim, distribuída aqui no nosso cantinho, cujos exemplares folheio e releio, uma vez ou outra. Li-lhe os livros, e sempre que posso assisto-o e leio-o, pois gosto da sua frontalidade e acutilância. Direi que ele habitou quem o escuta e esse estilo que supostamente é o seu. Pelo que o mínimo esperado numa primeira apresentação em que ele é timoneiro, e não se resume a comentador, era de uma boa pedrada no charco, com a entrevista ao nosso Primeiro Ministro. Como matéria escaldante sobre o PM é coisa que não falta, preparei-me no aconchego do sofá, para uma degladiação televisiva. Mas não. A montanha pariu um rato. O rato do Largo do Rato, deu a volta ao tema, com a estranha permissividade do suposto gato. Sócrates repetiu as ladaínhas do costume, vestiu-se de vítima aqui, de ofendido acolá, reforçou o auto-estado de permanente autismo, ao declarar Portugal em recuperação da crise, ou em considerar o TGV essencial, por exemplo. Sócrates foi repetitivo, igual a ele mesmo, e por isso não me trouxe qualquer novidade. Novidade sim, a permissividade do Miguel, que das duas uma, ou perdeu o estilo que o caracterizava, ou foi tomar o pequeno almoço com José Sócrates, antes da emissão, o que, de momento me recuso a acreditar. Esperemos pelo próximo programa, a ver se o Miguel ainda se mantém em forma, ou se perdeu o elan com tanta visita a terras de Vera Cruz.

2 comentários:

  1. Senti o mesmo. Gosto do MST. Esperava mais agressividade. Houve momento, em que quase senti, que não sabia que dizer... Não o Sócrates, o Miguel. Quando deveria ser exactamente o contrário...

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  2. Dizem que todos temos um preço...uns elevam a fasquia mais que os outros...será?

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