domingo, 15 de novembro de 2009

Lado F



Quantas vezes uma mulher não está prontinha para saír, vestida, perfumada, penteada, maquilhada, sapatinho e a mala a condizer, e no emaranhado de dúvidas que já a assalta desde há duas horas atrás, decide voltar ao zero, ou seja, mudar todo aquele visual para outro, julgado mais apropiado à ocasião.

Sendo contra a generalização, atrevo-me a afirmar que os homens são bem mais práticos nestas coisas de se aperaltarem para saír, até porque os adornos são menos, bem como a oferta de variantes, digo eu.


Acontece que eu entendo a mulher quando vive esse autêntico drama das escolhas, e entendo porque muitas vezes, na aproximação de uma noite de músicas, dou comigo a pensar qual guitarra vou levar naquela noite. Será o meu lado feminino a fervilhar? Pergunto-me. Se é, menos mal, eh eh. Em outros tempos era fácil, haviam duas guitarras, mas hoje são quase vinte. E tal como as meninas abrem o roupeiro pleno de um mar de vestidos, e não sabem qual usar, eu penso que para tocar a música A terei de levar a guitarra B, mas se levar a guitarra B não poderei tocar a música C, porque não vai ter aquele timbre, e por aí fora, até que por fim escolho uma ficando sempre na tal dúvida se não devería ter escolhido a outra, para depois, noite fora verificar que a quem escuta lhes é indiferente, ou por outras palavras, não é por aí que vamos agradar.

E aqui deixo, à laia de recado, às mulheres este conselho - é pegar no primeiro adorno que estiver à mão, pois tal como nas andanças da música, os talentos não estão nos adornos mas sim na essência, e daí os naturais elogios e sinais de aprovação, e claro, os objectivos conseguidos, if you know what I mean...



1 comentário:

  1. Nós, Mulheres, precisamos de ler coisas assim... Um sorriso, como sempre.

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