segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Competições e Areia para os Olhos

O meu zapping televisivo andou entre o Idolos e o Tempo Extra do comentador Rui Santos. Do primeiro, já todos nos acostumámos aos condimentos costumeiros, a arrogância do juri, e a sua duvidosa capacidade de julgar, os nervos, os talentos, e os assim-assim. O elemento, ao piano, tornou as coisas mais sérias, e mais próximas da realidade musical, é a tal peneira. Dos concorrentes, surpreendem-me a Solange, pelo todo que apresenta, e a Inês, pela criatividade, fazendo lembrar a Janis Joplin. Contudo algo me diz que o final já está cozinhado, e por conseguinte mesmo que supostamente a escolha seja do público, o sistema já determinou quem vai ganhar.
No que toca ao Tempo Extra, apoio a cruzada do Rui Santos a favor da introdução das novas tecnologias em defesa da verdade desportiva. A recusa de altas instâncias, ao recurso da imagem, é tão absurda, como a apologia da igreja ao não uso do preservativo. O apuramento da França para o próximo mundial é uma vergonha, e demostra aquilo que não queremos acreditar, que tudo está cozinhado. Na sua auto-biografia, Eric Clapton, confessa-se pouco ligado ao futebol, e das vezes que se interessou, não teve dúvidas que num desporto que envolve tantos milhões, os resultados não sejam combinados. Subscrevo. Mais uma vez, o sistema determina, e a malta vibra. Se dúvidas houvessem, bastaría recordar a forma escandalosa, com que a França, em 1998 eliminou uma selecção comprada para entregar o título, a do Brasil.

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