domingo, 22 de maio de 2011

a solo

Uma inesperada rouquidão assolou-se-me nas cantorias de sexta-feira. Tal como um carro perde potência gradualmente até se ir abaixo de vez, a voz ía saindo cada vez mais fraca e distorcida. A coisa resolve-se com uns chás, mel, e limão, pensei. Mas não. A hora da esplanada, a aproximar-se, num sábado que prometia enchente, e da voz, nada. Não comparecer foi uma ideia, afinal o corpo é falível. E naquele balanço de vou, não vou, lembrei-me de caçar com cão e com gato. Afinal se durante tantos anos fui guitarrista, porque não brindar o pessoal com uns solos. Foi assim que me apresentei ao respeitável público - a cantar essencialmente Paulo Gonzo e Bilac, aproveitando a configuração vocal, e apresentando umas guitarradas que foram do jazz aos Pink Floyd, passando por Carlos Santana e Gary Moore. E toda a gente ficou contente. Esplanada cheia, e satisfeita. Repita-se.

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