segunda-feira, 2 de maio de 2011

dia triplo



















Para além de domingo, dia atribuído ao descanso, ontem houve que repartir entre as grandes jornadas de luta dos trabalhdores, e os miminhos às mães. Para os crentes, o valor acrescentado da beatificação do Papa. O meu contributo ficou-se por pequenos episódios, e uma conclusão.

Pela manhã, numa loja em Sesimbra, escuto as entendíveis lamentações das jovens funcionárias de que não deviam estar a trabalhar num 1º de Maio. Que trabalham sempre aos domingos, mas este, que não deviam. Uma rematava - o meu namorado está em Paris, e disse-me há pouco que hoje, lá, está tudo fechado. E nos outros domingos, e nos outros países também, esclareci a menina.

Lá para o serão a conversa com a mamã, andou em muitos temas até desaguar na política, e na constatação de que se não é lícito aos da direita, a política do tacho e do clientelismo, aos da esquerda, é-o ainda mais, dado que aos de esquerda lhes escutamos um discurso de imaculados. Da conversa política, apurou-se o vislumbre de dois votos em branco.

Noite dentro, a ver as imagens dos fieis em Roma, resumindo e baralhando todos estes eventos, concluí que o povo português é infiel e pagão. E explico - se o domingo, é o dia santo, feito para descansar, estar com a família, e nós, lusitanos, somos o único país europeu a não respeitar essa dádiva milenar, então somos no mínimo pecadores, com P grande. Mais ainda, a classe política, que roubando o próximo, como constata o FMI, não poderá ser perdoado por ninguém, nem pelo santo Papa, porque estes, os dos partidos, sabem bem o que fazem.

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