sexta-feira, 27 de maio de 2011

praga

A campanha eleitoral cerca-me. Bem me tento desviar dos seus tiros certeiros mas não consigo, eles estão em todo os jornais, nas rádios, nas televisões, nos debates, ora a falar, ora a berrar. Já lhe conheço os tiques todos, os crescendos de voz, as bandeiras agitadas, o vazio de conteúdos das propostas, o falso popularismo. A novidade, é que apesar da certeza de um único trilho certo imposto pelo FMI, os manequins que andam para aí a fazer campanha, alheiam-se disso, e continuam a assobiar para o lado, e mandar umas bocas uns aos outros. Para tristeza minha, o uso destes métodos não perdeu o seu efeito, pois pelo que escuto nos debates que vão por aí, o povo português, é de péssima memória, e alinha nisto como se a coisa fosse uma espécie de campeonato de futebol. Ou seja, a malta não vai votar em consciência, coisa nenhuma. São as papas e os bolos. Eu, pela minha já manifestada posição de chega e basta, e usando um pouco, o mote do belíssimo texto de Oswaldo Montenegro - Metade, por aqui deixo o meu lamento - se todos pensassem como eu penso, os parasitas que nos governam, não ganhariam mais um tostão dos meus impostos, porque metade de mim não votaria na metade que vai à frente nas sondagens, e a minha outra metade, também não votaria, na outra metade que se segue. Porque metade de mim é desilusão, e a outra metade, saturação.

1 comentário:

  1. Completamente de acordo! Senão podemos seguir o o exemplo da Bélgica que há quase um ano e meio que não tem governo, e segundo os belgas, nunca o país esteve tão bom e com resultados económicos tão favoráveis. :)

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Sputnickadelas