quarta-feira, 25 de maio de 2011

Paixões e suas estações

Convencionando que a terceira idade seja após os 60's, não destoará chamar de primeira, aquela que vai até aos trinta, e de segunda, a que compreende entre os trinta e os sessenta. Se é certo que nos amores da primeira idade, não existem apêndices, no pacote da pessoa amada, ou a existirem, estes são desvalorizados, pela força da juventude, e pela intensidade da paixão, na segunda fase, e em regra, o pacote de extras que acompanha a cara metade já soa a cabaz do Natal, cujos productos não pudemos escolher, e ele são os filhos, os encargos, os amigos, a famíla, a pessoa-ex, e respectivo pacote, porque sabemos, tudo está interligado. Nestas paragens etárias, muitas vezes se ponderam junto com o lado afectivo, as particularidades e dimensão do tal pacote. Não havendo amor que baste, o peso do pacote manda a relação abaixo. Ou não mandando abaixo, juntar os trapinhos fica fora de questão. Joga-se à defesa. Coloca-se na balança, de um lado, o sentimento, e do outro, o fatídico pacote. Na fase terceira, muitos itens do pacote, já se foram, e outros deixam de ter peso, ou a consciência de que o tempo não pára, irá determinar e refinar muitas escolhas, principalmente as que vão excluir tudo o que seja supérfulo, daninho e sem verdadeira importância. Talvez porque afinal o ser humano evolui, e aprendendo com as suas falhas, se torna menos imperfeito. Por isso a minha sábia avó dizia que, quando estamos em vias de partir, deveriamos estar de chegada.

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