sábado, 13 de março de 2010

no país do paz de conta


No País do Faz de Conta, os senhores que decidem, decidiram criar outros senhores, mandados para cuidar da saúde aos outros senhores que somos, nós. Os senhores mandados, eram muito exigentes, e zelosos que eram pelo bem estar da nação dos senhores que decidem, desatam a fechar todos os lugares onde cheira mal, e nem a ginginha escapou. Diziam os súbditos, que não era preciso tanto, que embora em muitos casos houvesse razão de acção, em muitos outros eram cometidos excessos brutais e ridículos, dizia a populaça, lá no país.
Numa pequena povoação do País do Faz de Conta, existia, e existe, uma Praça, ou Mercado Municipal, que é assim que se diz. Nesse mercado, uns compravam, outros vendiam, hortaliças, batatas, cenouras, peixe, enfim, de tudo um pouco, para o consolo da barriguina, e que se saiba todos levavam a sua pacata vidinha do toma-lá-dá-cá, sem que dali maleitas houvessem.
Mas eis que um dia, os implacáveis e zelosos senhores mandados, que tudo farejam e tudo detectam, zás, de uma acentada, fecharam umas quantas praças, digo mercados, para tristeza dos que compram e desespero dos que vendem.
E hoje, no País do Faz de Conta, nesta pequena povoação, os que vendem, estão a vender sim, e os que compram estão a comprar sim. Porque a gente do País do Faz de Conta, é muito desenrascadinha. E onde fazem essas transações? Onde? - Mesmo às portas do dito mercado, nos passeios públicos do mercado encerrado, selado em nome do tudo limpinho e bonitinho. Hoje os peixinhos, e os legumes, estão na rua, ao ar, ao pó, e ao vento, e às moscas, quando as houverem, e todos parecem felizes, no País que Faz de Conta.

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Sputnickadelas