sexta-feira, 19 de março de 2010

Fico todo inchado

Tomo habitualmente o pequeno almoço no mesmo local, onde também vendem pão. Pela manhã é um corropio de velhotas em busca dos pães de Mafra, do Torrão, de Alfarim, dos Frades estaladiços, dos paposecos e outras maravilhas da panificação.
Digo uma graçola às senhoras que já me conhecem de muitos anos, e uma diz - sempre brincalhão, tal e qual a avó, a Dona Idalina. A vai daí desatam todas em rasgados elogios à senhora minha avó, num rol de recordações, boa disposição, e até agradecimentos pelo bem que a Dona Idalina, sei-o bem, fazia a todos.
A grandeza de uma Pessoa pode medir-se assim - alguém que morreu há quase vinte anos, e permanece viva dentro das pessoas, e que deixou um legado verdadeiramente rico e reconhecido, o dos bons sentimentos. O carinho que foi invocado, era genuíno, simples e permanecerá na lembrança de quem teve o previlégio de conhecer Dona Idalina. Uma Grande Mulher.
De tão orgulhoso que fiquei, quase me deu um rasgo de gratidão, e esbocei o pensamento de pagar o pão àquela gente toda. Não paguei porque elas eram muitas, os sacos de pão enormes, e sei que a minha avó, de tão poupadinha que era, não iria aprovar.
Agora vou partilhar este pequeno e saboroso momento, com a minha mãe, pois então!

2 comentários:

  1. lololol
    podias ter pago, afinal era só pão não devia ser assim tanto heheh
    e daqui a vinte anos diriam que o neto da D. Idalina , um dia, tinha pago o pão a toda a gente :)

    bj teresa

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