sábado, 20 de março de 2010

Limpezas


Gostei da iniciativa do Limpar Portugal. Aplaudo quem teve a ideia, quem a colocou em prática, os que se moveram e imagino que se estejam a mover neste momento, pela causa. Acho vital que se sensibilizem os mais novos, pois a porcaria que nos suja é um problema de educação. A qualquer pessoa dita normal, deve chocar deparar-se onde menos se espera com restos mortais de automóveis, entulho de obras, vidros, e lixo tão diverso e inimaginável como até já descobri o que pareciam ser restos de um talho. Por algumas vezes integrei pequenos grupos de limpeza de matas e desobstrução de caminhos que deverão estar minimamente transitáveis em caso de emergência. Ao consolo e consciência de útilidade que se sente nesses momentos, junta-se em paralelo a revolta contra aqueles que, na calada da cobardia, defecam os seus lixos a céu aberto, são os porcos, são os pig people como já por aqui falei. Hoje baldei-me ao espírito do dia, não limpei nada. Porém também não sujei, e é por aí que todos temos de alinhar, não sujando.
Mesmo que tivesse sido para inglês ver, gostei de ver o nosso PR todo artilhado, a limpar lá para os lados de Sintra, ficou-lhe bem, deu exemplo, e falou bem, creio mesmo, em opinião muito minha, que foi a única tarefa verdadeiramente útil, do mandato. O PR limpou qualquer coisa, e fez qualquer coisa de útil pela sociedade.. Que se sigam mais exemplos, não o do PM, pois este, tem-nos vindo a limpar, porreiramente, e pelo PEC à vista, teremos mais uma limpeza aos nossos bolsos. Daquelas capazes de enfrentar o teste do algodão.
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a propósito dos tugas porcos, dois testemunhos:
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em tempos fiz algumas pescarias a bordo de uma traineira, que pelas cinco e tal da manhã largava Sesimbra e se fundeava ao largo da costa atlântica. na hoja de comer o farnel, era praxe dos pescadores, supostos defensores do ambiente, mandarem para o mar todo o seu lixo, mesmo o não degradável - latas de bebida, garrafas, plásticos, beatas, etc. não me juntei a eles, apenas contestei, em vão, sei-o. fui vaiado e gosado. mandar lixo borda fora é coisa de macho.
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numa viajem que fiz à Alemanha, de caracter profissional, junto com umas duas dezenas de tugas, após o pequeno-almoço no hotel, o guia, alemão, na porta do autocarro, distribuía-nos uma folha onde constava o programa desse dia. uns liam ali mesmo, outros subiam e liam depois de entrar no veículo. um de nós leu, fez da folha uma bola e mandou-a para o chão. quando todos tinham entrado, o guia subiu, e como é hábito nestas coisas, contou cabeças, a ver se ninguém faltava. estavamos todos, podiamos partir. antes de dar ordem ao motorista, porém, o guia acercou-se do dito nosso compatriota, entregou-lhe o papel amachucado, dizendo-lhe num português-espanholado - isto é seu!

1 comentário:

  1. Também achei uma boa iniciativa e estive mesmo mesmo para me inscrever, mas depois pensei melhor e reduzi-me à minha insignificância que isto de ter a mania que sou a super mulher ainda há-de dar cabo de mim :):)

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