quinta-feira, 4 de março de 2010

Modernices


Escuto pela manhã, na rádio, que já estão disponibilizados alguns e-livros, para leitura no telemóvel, e outros que vêm a caminho. Entre os quais, o Memorial do Convento e os Lusíadas.
Não imagino ninguém no seu perfeito juízo, a ler os sonetos de Camões no telemóvel, mas como dizia o meu avô - há malucos para tudo.
Por mim, mantenho-me qual velho do Restelo, no meu caso, de Cacilhas, adepto ferrenho do livro, do seu formato, do seu cheiro, do folhear, do marcador, e não dispenso um apontamento na contracapa, com a data de aquisição e assinatura. É assim que um livro faz sentido para mim. Faz parte das minhas coisinhas, dos meus objectos de culto. Não alinho nessas modernices. Fico-me pelos livros de bolso. O telemóvel? Sim tenho, mas para telefonar.

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Sputnickadelas