quarta-feira, 13 de abril de 2011

por portas e travessas


Diz-se que quem procura acha. Dizia Vinicius, que a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida. Existe também quem não procurando, ache, e seja achado, ou seja confrontado com realidades e factos, acidentalmente. São as vielas, portas e travessas, que tal como um afluente desagua no grande caudal - a verdade - que nos vêm, uma vez a tempo, outras vezes na leve sensação que já chegam tarde, confirmar o que afinal já nem nos surpreende. Porque as conversas são como as cerejas, e um vez tomado o fio à meada, sem que provoquemos a palavra - a verdade - aparece.

No rescaldo fica-nos sempre aquela sensação auto-crítica de sermos mais atentos e valorizarmos os nossos pressentimentos, que não são mais que o nosso olho oculto que sente em lugar de mirar - nosso instinto. Há que fazer atenção, porque depois tudo fica claro, e tudo encaixa como um puzzle, um pouco na linha do direito por linhas tortas. Outro tanto na linha, do eu bem sabia que não ía por ali.


"não sei para onde vou, mas sei que não vou por aí"

1 comentário:

Sputnickadelas