terça-feira, 1 de junho de 2010

outros tempos



Estou no início do mais recente livro adquirido - Conta-me histórias, Xutos - e claro sem o devorar, estou a saborear cada parágrafo, cada fotografia, cada apontamento, revivendo aqueles tempos loucos ali pelos anos 78-82.

Uma das curiosidades que embora, eu a tivesse vivido, estava meio esquecida nas minhas recordações, descreve-a o Zé Pedro, que por via de maus resultados escolares, era "obrigado", leia-se "castigado", a trabalhar nas férias grandes. E lembro-me porque vivi o castigo na pele, ao chumbar o 5º ano do Liceu D.João de Castro, lá fui eu bulir, enquanto que o pessoal se regalava nas praias. Foi só escolher. Havia trabalhos para todos os gostos.

Volvida a geração, constato que o castigo alastrou. É mais que castigo, por vezes é uma miragem, conseguir um emprego, neste Portugal da modernidade e da CE, nem que seja por uns escassos três meses. É caso para dizer - no meu tempo não era assim.

Bem, e agora, rumemos à clínica, a ver se o Senho Doutor, está do lado dos novos tempos, e me consulta na hora marcada, ou se, à boa maneira do antigamente, se está borrifando para os horários dos pacientes que que lhe pagam a roupita, a casita, as fériazitas...

3 comentários:

  1. Mas sabe que hoje em dia, para além da falta de emprego, o mais grave ainda, é as pessoas não quererem trabalhar. Sei de casos reais.
    Quanto ao sr. Dr. já sabe, se precisar de ajuda...

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  2. Olá Carlota. Sim existe muita gente que não quer trabalhar. Conheço igualmente casos reais. Contudo é esmagadora a maioria dos que não se conseguem inserir no mercado de trabalho, mesmo a prazo, mesmo fora da sua eventual área de especialização.
    Sobre o Doutor: não é que hoje fui atendido na hora marcada, e com direito a justificação pela falha de 6ª!
    Contudo, obrigado, quem sabe , um dia... :)

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  3. Acho que se assustou com a ameaça da minha ajuda.
    Beijo

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