sexta-feira, 26 de agosto de 2011

jangada de pedra

Se as coisas já eram más, agora vão ficar péssimas. Quem nos cuida da saúde - à boleia das ordens do novo ministro, que à boleia da troika, desatou a cortar, disparando em todas as direcções - está de mãos atadas. Ninguém se quer responsabilizar por recomendar exames, tratamentos, ou internamentos. A ordem é para poupar, e nestes casos aqueles que deveriam exercer lealmente a sua profissão, fogem com o rabo à seringa. Não admira que as pessoas se passem dos carretos perante situações, em que a medicina é tratada como a oficina, do tipo - vá lá andando assim, e depois passe por cá. As ordens são de poupar cegamente, arruinando a vida de muitos, que, precisando de cuidados médicos e intervenção na hora, não vendo satisfeito esse direito, ficarão para sempre com lesões irreversíveis. Na prática, anulando a pessoa, anulam o encargo. Um dia passo-me, e a sério. Poderei não resolver o assunto, mas deito cá para fora o que já me vem enchendo, porque quem não se sente não é filho de boa gente. Além do mais, com isto que me vem atravessando, poderei ser mais um candidato ao direito de me tratarem da saúde, coisa que sei, o meu país, não quer, não pode, nem sabe fazer - cuidar dos seus.

2 comentários:

  1. Livro de reclamações. Não te inibas de escrever no livro de reclamações. Pode não dar em nada, mas fica registado e podes chamar-lhes tudo. Para além disso ainda vai assustando um e outro. No outro dia pedi-o no Hospital e a pergunta que saltou logo, antes mesmo de mo estenderem, foi Vai reclamar contra quem? Fiz um ar sério, estendi a mão e disse - Se não se importa...
    O certo é que as coisas até correram melhor a partir dali. :)

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Sputnickadelas