segunda-feira, 8 de agosto de 2011

família

Que estranhos desígnios imperam para que de forma natural, aqueles que outrora foram família, com tudo o que a palavra possa abraçar, o amor, a cumplicidade, a partilha do mesmo tecto, o presenciar as mesmas tristezas e alegrias, após longos períodos de afastamento, discórdia, roçando o litígio, se tornem a aproximar à volta de uma churrascada, que apenas serviu de pretexto ao reencontro não das pessoas, mas dos sentimentos e das emoções esquecidas, das outras eras. Porque as afinidades familiares não se esgotam no parentesco, antes pelo contrário, o parentesco sem a substância de nada vale e soa a falso. E é apenas quando se elege essa substância, se valorizam os afectos e se enterram os machados de guerra, que se pode dizer que se esteve com a Família, em ambiente Familiar, em lugar de se ter vergonha só de relembrar que determinadas pessoas são da... família. Estranhos ou não os desígnios, ou de fácil dedução, porque o tempo é sábio, ontem conviveu-se certo por linhas certas. Literalmente todos mereceram o seu lugar à mesa, e acima de tudo, em torno do lugar ao sol.

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Sputnickadelas