quinta-feira, 4 de agosto de 2011

abaixo do Equador - dos seus amores

Saio apressado para a praia, não porque faça questão de chegar cedo, mas porque se não entrar na serra da Arrábida, e na estrada que dá acesso à minha praia, antes das 9 horas, tenho que ir dar uma ganda volta, com dizem os Fedorentos. Pego em duas revistas na sala para desfolhar à beira mar, uam delas chama-me a atenção - olha um entrevista com o Miguel, ainda não li esta, deve ser desta semana. Mas não era. Na praia apercebo-me que a revista é de 2009, e que já a lera. No entanto, reli, entre outros artigos, a entrevista. Dados os novos amores do escritor, já me tinha esquecido das suas andanças pelo Brasil, dos seus namoricos, um dos quais com aquela besta da Maitê, e dos rasgados elegios que MST faz, na dita entrevista, ao povo, cultura, e mentalidade do Brasil. Não discordo dos seus considerandos. Concordo plenamente, e inclusivé subscrevo as suas observações sobre as diferenças entre nós, e eles, os brasileiros. Mas concluo também, e isso nota-se à légua, que após a distância percorrida, nestes dois anos que separam a entrevista e o suposto fim dos amores de MST por terras onde não existe pecado, segundo Chico Buarque, as suas considerações sobre o tema - Brasil, suas gentes e suas particularidades - sejam mais comedidas, e menos entusiasmadas. Acima de tudo, menos apaixonadas. Presumo que pelo motivo enunciado por alguns dos seus locais - o amor das suas mulheres é fogo de palha. Não é chama que arde sem se ver, portanto. Muito menos eterno, mesmo quando seria suposto ser, atendendo aos exemplos.

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Sputnickadelas