sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Escapadelas


Talvez tenha sido o jantar do núcleo duro, que tenha acabado mais cedo. Eram cerca das 23 quando nos separámos porque eu teria de me levantar pelas cinco da matina, com o consequente e constante estado de bocejo em que me encontro. O motivo madrugador, uma boa causa. Levar o filho e um amigo ao aeroporto, rumo à terra das túlipas. No momento do dever cumprido, deu-me aquela nostalgia das viajens, com direito até à saudade da espera nas filas de check-in, e todo aquele ritual que antecede, o momento de sentar o rabinho na aeronave, apertar o cinto, e levantar voo daqui. Os assuntos, os assuntinhos, a vida e a vidinha, os problemas e as preocupações, que fiquem em terra, pois de regresso, certo é que não se foram. Uma vez no ar, com o pensamento em outros horizontes, somos senhores dos nossos momentos. Aqueles que vamos viver, aqueles que, uma vez vividos, ninguém nos pode tirar.
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Acabo de saber que já chegou, que lá não chove, e aqui chovem cães e gatos. Lisboa está inundada, e a terra dos diques,não. Até por isso, pelas diferenças, viajar é preciso. Sinto-me feliz por ele.
A vontade de pisar aquele espaço que nos leva a outros rumos, essa aumentou. Tem paciência, Sputnick, só faltam mais uns dias, e mais uma hora, porque domingo, os relógios atrazam, aumentando sessenta minutos o teu estado de, em pulgas.

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Sputnickadelas