segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Xutos


Roubaram a carrinha dos Xutos. com o back-line todo lá dentro. Ao almoço, foi um dos temas, para além dos outros assuntos que já metem nojo, casapia, queiróz, reentrée, and so on.
Dizía um iluminado - com os balúrdios que eles ganham, é fácil, compram outro material, não me digas que estás com pena deles?
Sei que a inteligência, e a sensibilidade nem a todos bafeja. É mais uma das incógnitas da nossa existência. Por isso o mais calma e pacientemente que pude, tentei fazer ver ao bestinha, que o que está em causa aqui não é o comprar outro, mas sim que decerto foram roubadas guitarras, e até palhetas, apontamentos, que fazem parte da vida dos músicos da banda, não são meros objectos, não são coisas com valor de mercado, são parte do trajecto dos Xutos e da sua história.
Se chorei quando, nos anos 80 adormeci ao lado da minha Gibson, e acordava de noite, tocava nela, e dizia-me, é mesmo real, tenho aqui uma Gibson no chão, muito mais choraria, se um dia ela me fosse roubada. Estas coisas não têm preços. A estupides, sim, devia ter um preço, pago em imposto.

2 comentários:

  1. Há valores, pertences que não importa o montante que custam. O valor sentimental de perda é bem mais doloroso, que os euros em questão.

    Também quero uma Gibson, eheheh
    Beijo

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  2. Pois é, tens toda a razão. O valor sentimental não tem tamanho. Quando assaltaram a casa dos meus pais, o que mais nos custou, foi levarem o ouro que era da minha avó, e que nem sequer usavamos. Mas era tão, mas tão sentido... Li a noticia ontem e tb fiquei chocada.

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Sputnickadelas