terça-feira, 4 de maio de 2010

A verdade da coisa

Sou adepto do real, não do ilusório. Mais que adepto, exijo, e quando me sinto enganado ou iludido, afino, vou aos arames, e reclamo.
Por isso não suporto o karaoke e seus craques, nem os midi-files, e por isso não suporto suportes gravados em exibições ao vivo. O play-back mete-me nojo. Se assim o sou na música, sou-o também nos restantes capítulos da vida. Quando é para a fantasia, deixo-me embalar, e desligo do real, e no que é real não deixo por menos do que a situação seja... real.
Por vezes num almoço, como o de hoje, em que fomos muitos, e logo, muitas opiniões, as conversas extravasam, e o discurso que manipulou as conversas, foi, desde as azeitonas à bica - o FCP/SLB. E claro, que num universo maioritáriamente SLB, o coro de protestos foi constante, bem como as juras de vingança, e a promessa de festão no próximo domingo. Até que um ilustre, e quase desconhecido, adepto assumido de um também quase desconhecido Vitória de Setúbal, proferiu uma afirmação que incendiou ainda mais os inflamados SLBs - para que recorrer a batota, quando se tem o mérito? Porque não ganhar sem batota, quando afinal até se tem a melhor equipa e o melhor futebol?
Concordei, e pensei que nunca poderia divulgar a minha música, e conseguir os meus intentos, recorrendo a recursos dúbios. Perderia todo o sentido. Se é música, que se faça música, se é desporto que se pratique o desporto.
Contudo, já de saída, ainda divulguei à mesa, o meu lado corrupto em forma de dúvida - se me pagassem bem, num qualquer concurso de músicos, eu desafinaria a viola do meu concorrente?
Hummm, não creio. Nem todos são bemmequer, nem todos são malmequer, nem todos são benquerença. E ainda bem.

1 comentário:

Sputnickadelas