quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fausto Bordalo Dias



Sou fã de vinil desde os primeiros tempos, os da Rosalinda e da Carta de Paris. Toco e canto algumas, parcas amostras, as que estão ao meu alcance, uma meia dúzia de temas, e ao interpretá-las, sinto-lhes a força do autor, o cuidado na harmonia, os enredos melódicos, e as nossas raízes intocáveis, os malhões, os adufes, tudo magistralmente encandeado, tudo num estilo inconfundível.

Recentemente, venho dedicando quase todo do meu tempo em volta das músicas, à obra do Fausto. E tal como um urso à volta do tacho de mel, quando mais provo, mais rapo o tacho. Como escutar, todos escutam, oiço e re-oiço toda a obra, no que toca a tocar, só as que a minha arte permite, e por enquanto ando às voltas com o Atrás dos tempos vêm tempos, e modéstia aparte, parece que me sai bem.

Num país que dá menos importância, que os de outros países, a génios como Zeca Afonso ou Carlos Paredes, urge conhecer autores e suas obras, desta dimensão. Com tão poucos motivos para orgulhos nacionais, saibamos gostar e aplaudir o que é nosso, único, e Excelente.

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