segunda-feira, 10 de maio de 2010

Baptismo


Poder-se-á chamar contradição a alguém que, como eu, embora baptizado de tenra idade, mas não praticante, e muito, mas muito crítico e questionador em relação à Igreja e seus procedimentos, ter aceite ser padrinho, do filho da melhor amiga, e mesmo não sentindo nada daquilo que foi ritualizado ontem, em missa, conjunta com catorze baptizados de uma rajada? Serei contradictório?
De facto, recriar toda aquela encenação, pareceu-me ontem mais que fora de muitas verdades. De facto, achei que da missa, apenas gostei dos cânticos, na óptica do músico. De facto, achei um bocado venda da banha da cobra a publicidade à visita do Santo Padre. De facto, as frases que tive que repetir, e o acto de acender uma vela, nada me disseram. De facto, o meu único dever ali, naquela igreja, foi mesmo, o de assumir o meu compromisso, para com quem partilho fortes laços de amizade. Um caso de - os meios justificam os fins. E caso, isso seja contradição, paciência.

2 comentários:

  1. Ser Padrinho, é uma função, se assim lhe pudermos chamar de grande responsabilidade. Religião à parte, que o sentido é que importa...

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  2. As contradições dão sal à vida :):)

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Sputnickadelas