segunda-feira, 31 de outubro de 2011

lobbys dos medicamentos

Vemos agora na tv, com alguma frequência, um apelo para que não se ministre o antibiótico levianamente. Totalmente de acordo. Mais se apela para que entreguemos as sobras da medicação na farmácia. De acordo, mas, apenas se a farmácia, me pagar aquilo que devolvo. E explico porquê, em dois pontos.
Ponto um - em muitos países a medicação é fornecida avulso, logo não há desperdício nem sobre-dosagem. Assim deveria ser aqui, e nada mais a propósito, dado que estamos em sérios apertos. Não sendo possível, é legítimo que se receba algum estorno.
Ponto dois - Certo dia em que (des)esperava a minha vez para uma consulta, no conceituado hospital Cuf Descobertas, descubro que o atraso se devia ao facto de o senhor doutor, estar a atender uma esbelta jovem da propaganda médica. O que me levanta apenas dúvidas, não suspeitas, de que, eventualmente pode ser à minha custa que o senhor doutor faz as suas férias, quando, supostamente me receita uma caixa de 48 supositórios, quando 6 me resolvem o assunto, supositórios que coincidentemente, são distribuídos pela empresa onde trabalha a jovem esbelta.
Querem as sobras da minha gaveta de medicamentos? Comprem-nas, que a mim ninguém mas deu. Não me pagam as férias, mas não me sentirei tão enganado.

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