terça-feira, 1 de novembro de 2011

tradições

Gosto do Haloween. Pela componente do mistério, do oculto, daquele terrorzinho saboroso. Contudo dispenso celebrações de hábitos ou tradições que não tenham a ver com a minha identidade, leia-se, com a identidade da minha terra, e das minhas raízes culturais. Enquanto outras gentes fazem questão de se manterem fieis aos seus costumes, os tugas, descaracterizados que são, e àvidos por importar a coisa alheia, engolem tudo o que se lhes apresenta pela via da importação. E vai daí, celebramos o dia da bruxa, o dia do São Valentim, e o Carnaval carioca. Nada a ver connosco. Pouco espanto, decerto terei, se um dia começarmos a comer perú no dia de acção de graças, ou, atendendo à ascenção meteórica do país do sol nascente, que celebremos o ano novo chinês. Lá mais para a frente, quem sabe chega o momento em que daremos as vacas como sagradas. Em resumo, a tradição já não é o que era. Que o digam as lojas dos trezentos, que esgotaram os artigos de bruxaria, e não vendem uma florzinha, no dia de finados...

2 comentários:

  1. Pois...já são poucos os que rumam aos cemitérios e, com o tempo, serão ainda menos porque cada vez são mais os fornos crematórios. Eu, sinceramente, é por aí que vou.
    Mas em relação à descaracterização dos tugas, há pouco ouviu-se da boca de um homem que muito prezo: António Barreto, que, provavelmente, daqui a um século não existirá Portugal :(

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  2. :( Eu que o diga. Tenho lá no meu burgo uma coisa que me entristeceu. Pela primeira vez, os miúdos não me subiram a escada em busca de bolinho... Dá trabalho subir a escada. Porra, pá. Brinco, mas fiquei desiludida...

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Sputnickadelas