sábado, 22 de outubro de 2011

Não há volta a dar a isto

Depois de uma noite de música que para o final mais parecia um café-concerto, preparei-me hoje, em vestuário de meia estação, para mais umas pedaladas, e de regresso ao Seixal, dado que tenho ando em busca de outros locais. Cumpriram-se quase todos os propósitos, os trajectos, os quilometros a palmilhar, a busca de fotografias das janelas e telhados, as boas músicas nos ouvidos. Mas como não há bela sem senão, não houve conhecido com que parasse para dois dias de conversa, que não falasse da p... da crise. A crise que não nos larga, a crise que é com a água em volta de uma ilha, rodeando-a por todos os lados, como tão bem disse Américo Tomás. Prevejo um conjunto de sentimentos nas pessoas, desde a indignação, à depressão, à revolta, independentemente das cores políticas, ou situação. Tudo isto em crescendo, assim como que um Bolero de Ravel. Como já escutei algures, e recentemente alguém - quando não tiver comida para dar aos meus filhos vou-lhes bater à porta. E serão muitos. Entretanto, vamos lá preparar mais uma noite de cantigas, enquanto não me assola o desânimo.

1 comentário:

  1. Sputnick, não desanimes. Bem sei que por vezes é difícil, mas ambos sabemos de que nada nos vale :)

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Sputnickadelas