quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pátria que nos pariu

Já escutei de voz avisada e esclarecida que a implantação da República não passou de um golpe de estado, o que, assim sendo não legitimaria a mesma. Pessoalmente não sou contra nem a favor de um viva o Rei, no entanto, para verbo de encher já nos chega o Aníbal e as suas considerações sobre o sorriso das vacas dos Açores.
Olhei há pouco para a televisão, e lá está a procissão das ?comemorações?, como sempre esteve, como sempre me acostumei a ver desde os anos sessenta. O que mudou? bem, antes a tv era em caixa de madeira, e a imagem a preto e branco. Claro que os senhores, eram outros. Outros que não estes, mas estes, tal como os outros, sugam-nos. O festival deste tipo de dias, tem sempre o mesmo conteúdo, e a mesma inércia, são os políticos que se exibem nos seus carros de 150mileuros, com discursos de circunstância, e ar solene; são os intocáveis militares, que para nada servem, autênticos submarinos a la portas; são as personalidades convidadas, estes também de ar grave e sério; tudo pago sempre pelo mesmo otário - nós. Os discursos são enfadonhos e da treta. Mais valia que o dinheiro que está neste preciso momento a ser gasto com a cerimónia fosse entregue a um qualquer hospital, numa demonstração inequívoca de um sentido determinado de mudança, e de dar verdadeira utilidade pública aos dinheiros que nos são extorquidos. Porque a malta está-se cagando para estas efemérides tipo 10 de Junho. Quem duvidar do que digo, que faça um referendo.

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