quinta-feira, 31 de março de 2011


Entrei nisto do Facebook, a pedido. Resistentes adeptos do Iodo pediam-me uma página da banda, e criei-a. Através dessa página verifico algumas amizades na rede, e decidi-me a criar uma também para mim. Posso dizer que de certa forma esta adesão-exposição me trouxe algumas surpresas, gente julgada perdida, gente que bem podia continuar perdida. Achei uns, fui encontrado por outros, se bem que o ditado diga que quem bem se quer sempre se encontra, não há dúvida que as redes sociais, e em particular, esta, revolucionaram a tese, porque afinal, quase todos estamos no Facebook, e aos poucos, lá nos vamos encontrando, no sítio do costume.

Um saldo positivo portanto, quanto à utlilização da ferramenta. Da utilidade, já a questiono em determinados pontos, mas não há bela sem senão. No entanto como em tantas ofertas da net, existe uma barreira entre o real e o virtual, entre o lúdico e o útil, que por vezes nos esquecemos.

E a páginas tantas, embora saibamos que os "amigos" que ali estão são pessoas reais, existe uma certa tendência em os "ter" como se tinham os cromos da bola - olha fiz mais um "amigo" = "consegui o cromo do Eusébio".

Na semana passada, deparei-me com uma realidade, através do Facebook - duas pessoas que constavam no meu grupo de amigos, faleceram. A palavra certa seria, conhecidos, dado que ao estatuto de amizade se exigem mais requisitos. Não obstante o grau de intimidade, eram duas pessoas, reais, que a par das aplicações, jogos, partilhas de textos, de fotos e videos, me apareciam na coluna da esquerda, e com os quais vez ou outra, trocámos alguns gosto disto ou partilhámos publicações. Vez ou outra também, e graças à música, houveram bons serões, lá pelo Seixal, alguns deles postados no sítio do costume. Deixaram um espaço vazio, os meus "amigos". Dois espaços.

Sinto-me confuso. Talvez com o confronto de que os que estão no espaço virtual também morrem. Ou de sendo a morte omnipresente, ela também viva nas redes sociais.

Dos conhecidos que partiram, fica-me a tristeza, a eterna questão do - porquê, pois eram tão novos? - na contemplação das fotos, no sítio do costume, pelo menos enquanto por lá permanecerem.

1 comentário:

  1. E é tão estranho as páginas continuarem por lá! Parece que, pela inactividade, norreram com eles.

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Sputnickadelas