quarta-feira, 9 de março de 2011

2º a(C)to


Decorre neste momento a pomposa cerimónia da tomada de posse da segunda parte da presença do Aníbal no sítio do costume. Não estou a acompanhar, é um filme dejá vu, com as mesmas cenas, os mesmos diálogos, por isso, uma perca de tempo. Vi a procissão no adro, o antes do a(c)to. Vi que todos chegavam em carros de potente cilindrada, de marcas de topo, alemãs, carros esses que não custaram um euro a quem neles se senta, e cujo alto consumo, não consta que saia das suas gordas remunerações. Vi que os militares, escandalosamente pagos, para não fazerem nada mais que existirem e baterem umas continências, já que de útilidade não lhes reconheço nenhuma, e aqui confesso que o militar português, me leva sempre à associação da figura colonial, não duvidando que aos mesmos, lhes cheguem com abundante frequência o mesmo tique.
Decorre pois, a tomada de pose de um homem que faz parte do elenco dos que provocaram a crise em que nos encontramos, e que decerto nada fará mais do que dizer que isto está mal, e que temos de fazer sacrifícios. O presidente de um país que há muito perdeu a sua soberania, nos que toca a autonomia; que importa muito mais do que exporta, que prefere pagar as couves sem sabor, francesas ou espanholas, do que cultivá-las; que ao aceno da patroa da europa, mete o rabinho entre as pernas e diz amen; que nem sequer consegue conservar a genuinidade da lingua de Camões - toma agora posse. Está em pleno a(c)to. De assumir com aquela cara séria, semblante preocupado, a Presidência da República Portuguesa, convenhamos, república das bananas. Melhos, dos bananas. Mas o povo é sereno, e eles sabem, por isso, esbanjam.
Duas certezas terei, quando mais logo, assitir à notícia do evento. Uma, que de São Bento, nada de novo. Outra, que estarei mais pobre, pois quem paga aquela palhaçada toda, dos mercedes, das continências, dos amens , e dos banquetes - sou eu.

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