quarta-feira, 23 de março de 2011

queda


Sócrates cai.
Finge ser empurrado.
Finge tropeçar.
Ou escorregar na casca.
Que alguém o empurrou, os sacanas dos PPD's...
Que alguém colocou a banana, não toda, só a casca, eficaz e traiçoira.
Quem sabe,os do CDS...
Que a esquerda, afinal sendo de esquerda, não pactua com a esquerda, do PS. E deixa-o caír...
É o PCP, o BE e os Verdes a colocar berlindes.
Tudo afinal para Sócrates se espalhar ao comprido.
E tadinho dele que estraga o fato. Bem confecionado, o fato, e caro.
Mas acenta-lhe bem.
Guarda-o, ao fato, Sócrates, porque o próximo, terás de o pagar, com o dinheiro não sabemos(?)
O alfaiate rejubila, pois o Passos, também lhe parece ser moço elegante, de bem vestir, e de bom gosto.
Será que Passos, fará Cavaco sorrir?
Sim, decerto, em fato deslumbrante e de custas do Novo Estado, a bordo de um dos reluzentes german cars da escuderia, Passos, acolitado pelos barões do costume, e pelos filhos dos barões do costume, resgatará uma tentativa de sorriso daquele que nada diz, daquele que nada faz, daquele que pouco se pronuncia, daquele que, se abre a boca, lhe pode ser um tiro, tipo - qualquer coisa dos soldados que foram para as colónias vs os jovens de hoje...
O PR sorrirá amarelamente.
O PS entrará em banho-maria.
A esquerda fará o seu papel meio foice e martelo, meio caviar e champanhota.
O PPD trará o discurso do país de tanga.
O CDS dirá que bom mesmo, seriam quatro submarinos.
E tudo se resolverá em alegre cavaqueira, em consertação unânime, quando se debater, em sede fechada, à porta fechada, a panela do financiamento dos partidos.
Triste.
Muito triste e vergonhoso.
Assim são os políticos do meu, cada segundo mais pobre, país.
No final - Sócrates que estava a caír no início deste texto, caiu sim, mas sosseguem-se as almas mais impressionáveis, sem um arranhã, porque afinal havia uma rede daquelas dos circos. E tirando uns vincos no fato, o nosso ex está como novo, quem sabe preparado para um exílio forçado a soldo de uns sessenta mil euritos mais coisa, menos coisa, que é o castigo aplicado aos do falhanço. A saber, assim de repente - Durão Barroso, Victor Constâncio e Guterres.

1 comentário:

Sputnickadelas