terça-feira, 12 de julho de 2011

Made in Portugal

Sou pelo consumo do que é nosso. Há anos a fio que me indigna o facto de existir uma lei que supostamente deveria regular a percentagem de passagem da música portuguesa nas nossas rádios, e salvo a Antena 1 e o Amália, todos os outros se borrifam na lei, mesmo até os que deveriam fazer cumprir.

Aqui há dias, relembrei o mercado electrodoméstico, que conheço bem, e há muitos anos. No início dos anos oitenta, mais de metade dos aparelhos vendidos em Portugal, eram, pasme-se, fabricados na península ibérica, e os restantes, de fabrico europeu. Do lado asiático, e apenas do Japão, algum audio e televisão. A qualidade era notória. Hoje compramos artigos de marcas americanas, e europeias, made in China, e as marcas que lideram o mercado são coreanas.

A protecção da CEE à produção europeia, com vantagens em tudo e para todos, não passa de um logro, um bluff. Os infiltrados asiáticos beneficiam hoje, de regalias e isenções, bem mais aliciantes do que os naturais da terra, embora seja do conhecimento de todos a fraca qualidade daquilo que vendem, o que deixa a pergunta no ar - de onde vem tanto dinheiro? a quem serve este tipo de política comercial?

Eu bem queria ajudar aos apelos de comprar o que é nosso, mas convenhamos, se me fica difícil sintonizar o rádio e dar de ouvidos com um tema nacional, fica-me impossível comprar a máquina de lavar roupa feita em Oeiras - daquelas que duravam 30 anos - e por isso lá vou eu dar de caras com uma disfarçada marca insuspeita, qualquer coisa tipo by USA, e em muito pequenino, a inscrição made in PRC. Contudo já decidi que amanhã, na minha noite musical, para além de apenas tocar autores tugas, só beberei Licor Beirão!!!


1 comentário:

  1. Muito bem, Licor Beirão o Licor de Portugal! Porque o que é nacional é bom, e sobre isto não tenho duvidas e falo com conhecimento de causa! Beijo

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Sputnickadelas