
domingo, 31 de julho de 2011
Amália FM

sexta-feira, 29 de julho de 2011
trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmm

quinta-feira, 28 de julho de 2011
em teste

Quem me conhece, sabe que adoro caipirinhas. Quem me conhece muito bem, sabe que adoro muito, e que as gosto de fazer. Por vezes, em praias com bar, dá-me a tentação de mandar fazer uma, mas dada a última má experiência, que me custou 5 euros, por uma surrapa, que para além de mal feita, tinha uma lima e uma cachaça intragáveis, desisti. Dado que é um cocktail que se deve consumir (quase)de imediato, após a sua elaboração, porque o gelo derrete, e a lima azeda, está fora de hipótese de a levar feita para a praia. Porém, aflorou-em uma ideia que irei testar - fazer uma boa porção, retirar a lima, e congelar. Depois é ir até à beira-mar, e ficar por lá até ao sol descer. Neste teste, terei que levar co-piloto, óbviamente.
efeito dominó

Que havia de travar esta onde desenfreada de construção todos sabiamos. Havia que travar desacelerando, e não de estancar abruptamente, produzindo casos dramáticos, a juntar a tantos outros. A responsabilidade, a culpa, essa vai morrer solteira, dado que vem da banca, e das facilidades que veio dando, durante décadas, a quem não deveria ter acreditado neles, e a quem, mesmo não tendo condições nem necessidade, comprou casa própria.
Dizia a minha avó - vamos lá cantando e rindo, que isto um dia acaba triste.
Disse recentemente o mesmo, mas por outras palavras, Medina Carreira, cujos números e previsões, até há pouco tempo considerados absurdos e exagerados, continuam a pecar apenas pelo lado inverso.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
ainda os sonhos

segunda-feira, 25 de julho de 2011
about Amy

Todos os grandes dotados já idos, próximos de génios do mundo da música, decerto que se sentiam melhor que nunca, no palco, na tentativa da comunhão com um público também ele ávido da fusão. Porém, nem sempre é fácil, pois entre o génio e o público, estão o álcool, as drogas, os roadies, os managers, os contratos, as luzes, os acordes, o alinhamento, os amores, as alegrias, as decepções, as regras, os seguranças, o cenário, a roupa, as exigências de contrato, e toda uma quantidade de cordelinhos invisíveis que tantas vezes conseguem transformar o que deveria ser a entrega da obra a quem de direito, numa espécie de frete, e de um espectáculo sem amor. Politicamente correcto, mas prostituído em nome da facturação. Estou certo que Amy gostava do que fazia, mas tal como Hendrix, Morrisson, Joplin, não entrou nos trilhos convencionais, e daí que, uma vez circulando em rotas de alta velocidade, a colisão estava mais que previsível. Por mim, ambos perderam, Amy e o mundo. Perderam também todos os que já partiram até com mais idade, como por exemplo Gary Moore, ou o saudoso Freddie Mercury. Nós por cá, o dito mundo, ainda se contenta com a obra, as colectâneas, lamentando o corte abrupto que ditará o fim dos inéditos e das novas composições. Mas eles, os que partiram, será que sabem, onde porventura estejam, que não vão mais ouvir o estrondo de um público em transe a berrar por um encore?
sonhar no teto do mundo

Penso que devo sonhar com o Céu. Se assim ele for, não me desagrada.
domingo, 24 de julho de 2011
dois horrores


O primeiro, que comprova que no melhor pano pode caír a nódoa. Que ninguém em lado nenhum está imune à loucura alheia. Imaginemos a dor dos pais dos jovens mortos no massacre. Contabilizemos mais um acto cometido por mais um que invoca Deus, como se de um cumplice se tratasse, embora todos saibamos que nessa matéria, o Homem sempre o invoca quando lhe dá interesse que assim seja. Uns em nome de Alá, outros em nome de Deus, encontram a justificação para o acto.
O segundo, como se fosse com data mais ou menos marcada, no mínimo previsível, porque alguém, com tiques da teoria das fatalidades e das coincidências, decidiu declarar pena de morte a quem, não cuidando da sua vidinha como seria suposto, não poderá passar do número 27. Balelas. Como tão bem cantou quem também partiu cedo demais - quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga. E o corpo paga, quando não tem mais saldo, e pára no número em que parar a roleta.
sábado, 23 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
alegria do dia

quarta-feira, 20 de julho de 2011
o que é nacional é bom...
- Então P, chegaste de viajem de onde?
- Vim de Espanha, Sevilha, vê lá que saí de lá e estavam 40 graus e aqui está a chover.
- Pois, realmente...
- Tenho o camião carregado de uvas, acho que como está frio, nem preciso ligar a refrigeração para as uvas.
- São muitas?
- Está cheio.
-E vais descarregar onde?
-A um produtor de uva, que depois a vende para os hipers.
- Grande distribuição esse gajo deve ter...
- Se tem, é um camião por semana, e às vezes não chega.
- Mas espera! Produz, e manda vir de fora?
- Pois, sai-lhe mais barato, e não tem tanto trabalho. A produção nacional é meio tanga, para disfarçar.
- Entendo, como são fornecidas por um produtor nacional, a malta compra-as a pensar que são de cá.
- Nem mais! Até lhe colocam bandeirinhas, eh eh. Mas também trago muita coisa de França, com este esquema. Nem imaginas...
- Olha, vamos mas é beber um copo de branco alentejano, ou achas que também é martelado?
- Humm, este não me parece, é do Esporão e eles não vão nisso.
Então, à nossa!
(este texto é pura ficção, pois isto nunca podia acontecer no nosso país)
a frase do ano
terça-feira, 19 de julho de 2011
segunda-feira, 18 de julho de 2011
casório - day after day after

sexta-feira, 15 de julho de 2011
depressões

Depressa me veio a lembrança o desgosto que tive nos anos 60, quando a tv deixou de passar os filmes do Zé Colmeia. Nada que não tivesse passado. Enfim, tudo tem um fim.
casórios

comentadores

Já não tenho paciência para os comentadores profissionais. Aqueles que só os conhecemos, porque comentam, e mais nada. Ultrapassam os limites da minha paciência. Sei que se podem evitar, contornar, com uma mudança de canal, ou de posto, mas mais à frente, lá aparece um sapiente elemento destes a debitar os seus conhecimentos e opiniões. Há-os para todos os gostos, os da política, os das guerras, os das revistas rosa, os da música, e os do desporto, resumido ao futebol. São os que mais detesto, estes do futebol que discutem o nada, mas apaixonam os ferrenhos adeptos, e sabem coisas tão importantes como - este é 53º golo no 23ºjogo que coincide com o 17º da liga, e se a tradição se mantiver, será como aconteceu precisamente, há 3456 dias, e outras estatísticas que para nada servem. Só para apanhadinhos. Criou-se uma legião desta gente, tal como se criaram os boys e os jobs. Utilidade - zero. Custos - muitos. Mandem-nos trabalhar, e fazer qualquer coisa de útil para a sociedade.
prazeres

quarta-feira, 13 de julho de 2011
comprei uma garrafa de Casal Garcia
Longe vão os tempos do primeiro festival em Vilar de Mouros, dos concertos no Monumental, ou no Dramático de Cascais. Longe vão os festivais, dentro da festa do Avante, no Alto da Ajuda, os quais embora ainda se realizem, na festa, hoje sita na Amora, já não têm pesos-pesados nos palcos, como antes. A militância, a estes eventos tinha muitas vezes contornos de sacrifício, dadas as poucas condições (não) existentes à época, e dados os parcos recursos daqueles que constituíam o público. Lembro-me de começar a poupar para o bilhete, viajem e alimentação, assim que se anunciava um espectáculo.
Hoje temos festivais a dar com um pau, e todos eles cheios de maltinha que em grande maioria vai porque vai, e não com aquela tal devoção de outrora. Sairão todos, de todos os festivais, a dizer - brutal, aquilo foi brutal - e colocarão montes de fotos nas redes sociais. Não querendo ser velho do Restelo, arrisco em dizer que hoje se vai mais por moda, do que pela devoção. Mas como a causa é válida - música, acho muito bem a comparência, e os recintos a abarrotar, o que não deixa de fazer pensar, que esta geração que esgota as lotações dos festivais, e não abdica das suas férias em brutais praias, é, aparentemente, a mesma que se diz à rasca. Como diz o anúncio do restaurador Olex - pois olhe...não parece. E talvez digam o mesmo, os tipos que pasmaram com as nossas pontes entre feriados, os da troika.
Hoje temos festivais a dar com um pau, e todos eles cheios de maltinha que em grande maioria vai porque vai, e não com aquela tal devoção de outrora. Sairão todos, de todos os festivais, a dizer - brutal, aquilo foi brutal - e colocarão montes de fotos nas redes sociais. Não querendo ser velho do Restelo, arrisco em dizer que hoje se vai mais por moda, do que pela devoção. Mas como a causa é válida - música, acho muito bem a comparência, e os recintos a abarrotar, o que não deixa de fazer pensar, que esta geração que esgota as lotações dos festivais, e não abdica das suas férias em brutais praias, é, aparentemente, a mesma que se diz à rasca. Como diz o anúncio do restaurador Olex - pois olhe...não parece. E talvez digam o mesmo, os tipos que pasmaram com as nossas pontes entre feriados, os da troika.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Made in Portugal

Aqui há dias, relembrei o mercado electrodoméstico, que conheço bem, e há muitos anos. No início dos anos oitenta, mais de metade dos aparelhos vendidos em Portugal, eram, pasme-se, fabricados na península ibérica, e os restantes, de fabrico europeu. Do lado asiático, e apenas do Japão, algum audio e televisão. A qualidade era notória. Hoje compramos artigos de marcas americanas, e europeias, made in China, e as marcas que lideram o mercado são coreanas.
A protecção da CEE à produção europeia, com vantagens em tudo e para todos, não passa de um logro, um bluff. Os infiltrados asiáticos beneficiam hoje, de regalias e isenções, bem mais aliciantes do que os naturais da terra, embora seja do conhecimento de todos a fraca qualidade daquilo que vendem, o que deixa a pergunta no ar - de onde vem tanto dinheiro? a quem serve este tipo de política comercial?
Eu bem queria ajudar aos apelos de comprar o que é nosso, mas convenhamos, se me fica difícil sintonizar o rádio e dar de ouvidos com um tema nacional, fica-me impossível comprar a máquina de lavar roupa feita em Oeiras - daquelas que duravam 30 anos - e por isso lá vou eu dar de caras com uma disfarçada marca insuspeita, qualquer coisa tipo by USA, e em muito pequenino, a inscrição made in PRC. Contudo já decidi que amanhã, na minha noite musical, para além de apenas tocar autores tugas, só beberei Licor Beirão!!!
segunda-feira, 11 de julho de 2011
factos e argumentos
Fico mais que pior que estragado com situações deste tipo.
Ele aborda-me, argumentando que lhe fiquei a dever o dinheiro da reparação, que era para lhe ter dado ali mesmo, perto da esplanada, mas que ainda não lhe tinha pago. A minha cabeça fica baralhada. Não era nada daquilo que ele afirmava, contudo, naquele momento, não consegui recordar a sucessão dos episódios, e pedi-lhe que me deixasse pensar. Levei ali, uma roda de caloteiro, assim sem mais nem menos, sem anestesia nem nada. Sabia que tinha pago, mas não recordei de imediato, como e quando. Passados momentos, uma recordação essencial, e ligo-lhe - olha, paguei-te, e na presença do teu amigo, tal e tal, e até disse no acto - este é um dinheiro que não choro. Mas o meu amigo não se recordava do amigo dele, nada feito. Não descansei enquanto não reconstituí todos os passos, os locais, as datas, as horas, e as pessoas presentes. Para isso, me dei ao trabalho de verificar fotos, registos, confirmar e tudo isto relatei por escrito ao meu amigo. A resposta não veio, nem creio que venha. E das duas uma, ou o meu amigo recordou os factos, e por vergonha nem me respondeu. Ou não se recordando, nem sequer da pessoa que estava presente na hora do pagamento, ainda me julga devedor. Caso seja esse o cenário, e me chegue aos ouvidos, terei todo o gosto em pagar a dobrar, mas apenas por depósito bancário, deixando a sugestão de que a tanto esquecimento se impõe uma consulta médica, e os meus redobrados trinta e cinco euros poderão ajudar.
Ele aborda-me, argumentando que lhe fiquei a dever o dinheiro da reparação, que era para lhe ter dado ali mesmo, perto da esplanada, mas que ainda não lhe tinha pago. A minha cabeça fica baralhada. Não era nada daquilo que ele afirmava, contudo, naquele momento, não consegui recordar a sucessão dos episódios, e pedi-lhe que me deixasse pensar. Levei ali, uma roda de caloteiro, assim sem mais nem menos, sem anestesia nem nada. Sabia que tinha pago, mas não recordei de imediato, como e quando. Passados momentos, uma recordação essencial, e ligo-lhe - olha, paguei-te, e na presença do teu amigo, tal e tal, e até disse no acto - este é um dinheiro que não choro. Mas o meu amigo não se recordava do amigo dele, nada feito. Não descansei enquanto não reconstituí todos os passos, os locais, as datas, as horas, e as pessoas presentes. Para isso, me dei ao trabalho de verificar fotos, registos, confirmar e tudo isto relatei por escrito ao meu amigo. A resposta não veio, nem creio que venha. E das duas uma, ou o meu amigo recordou os factos, e por vergonha nem me respondeu. Ou não se recordando, nem sequer da pessoa que estava presente na hora do pagamento, ainda me julga devedor. Caso seja esse o cenário, e me chegue aos ouvidos, terei todo o gosto em pagar a dobrar, mas apenas por depósito bancário, deixando a sugestão de que a tanto esquecimento se impõe uma consulta médica, e os meus redobrados trinta e cinco euros poderão ajudar.
Demagogia

Depois de ter autorizado a desmedida instalação de grandes superfícies comerciais, as quais nos inundam o frigorífico com productos vindos de fora, vem o nosso presidente apelar ao consumo da produção nacional.
Falar pode ser bonito, mas a palavra sem o acto, resvala para a mentira e para a demagogia, e neste caso, os actos falam por si.
Como dizia a minha querida avó - tarde piáste.
sábado, 9 de julho de 2011
partidas

sexta-feira, 8 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
tocarei até que os dedos me doam
Encontro gentes de outros tempos, de outros palcos. Gentes com quem toquei. Outros que admirei encostado ao palco, a sonhar um dia estar lá em cima, como eles, e as suas fartas cabeleiras à Deep Purple ou Black Sabbath. Hoje reencontro uns, e outros, revejo velhos amigos, faço novas amizades com alguns que afinal sempre ouviram falar de mim, tal como eu ouvia falar deles. A música, e o bichinho que continua em torno dela mantém-se vivos, ao ponto de se fazerem projectos de novas formações, apesar das poucas probabilidades de concretização. Mas porque contestar? Afinal porque não se pode pensar que tudo é fácil como nos tempos dos anos setenta? Sei que não é. Sei até que o mais certo é nada passar da ideia, do sonho, assim como que num projecto à laia de canto do cisne. Mas não serei eu a dizer que não. Porque afinal, no meio de tudo, apesar da idade, sou o que continua a exercer a prática fora do sofá, e das festas de amigos. Porque enquanto me agradar, e agradar, não desistirei de tocar, fora das portas do conforto. Por isso, três vezes por semana, carrego a tralha no carro, monto, toco, canto, berro, faço a festa, atiro os foguetes, apanho as canas, desmonto, carrego, descarrego, e estatelo-me na cama, exausto, mas feliz. E quem sabe, um dia não aparece aí uma banda do reumático, misto Seixal-Trafaria...

quarta-feira, 6 de julho de 2011
Aviso ao Mundo

segunda-feira, 4 de julho de 2011
Logro II

Logro I

For My Lady
Algumas noites de música, são como aquelas rodas de gente, à volta da mesa, a contar anedotas. São umas a seguir às outras, porque uma lembra outra e a meada não tem fim. A noite de sábado, teve essa componente. Com uns quantos músicos da velha guarda ali espalhados pela plateia, lá para o final, visitaram-se várias capelinhas - Doors, Santana, Ten Years After, Dylan, Stones, Beatles, Who, and so on. Dos Moody Blues foi esta.
sábado, 2 de julho de 2011
censura ou bom senso?
Após a separação dos Beatles, fiquei, como minhares de fâs, atento aos desenvolvimentos das carreiras a solo, dos seus elementos, por isso fui daqueles que comprou os singles do após-Beatle. O My Love do Paul, o My Sweet Lord de Harrison, e o Mother do Lennon. Destes três, e expectávelmente, o mais polémico foi o disco do John Lennon, ou não fosse ele um génio polémico e provocador na forma como, junto com a sua Yoko Ono, se manifestava em defesa das suas causas. Se o tema Mother já continha alguma porção de anti-convencional, como as badaladas iniciais, a letra e a repetição final, o lado B do disco era algo, digo-o hoje, uma bosta, mesmo que se faça um exercício de libertação criativa junto com o lado experimental. No entanto, na época escutava este disco, discretamente, não fosse a minha mãe - até ali um pouco lápis azul na minha liberdade de escolhas musicais - escutá-lo. Mas certo dia, ao chegar a casa, fui confrontado com as provas do crime - a minha mãe com cara de caso a olhar para este lado B, decerto acabado de o ouvir, e o aviso solene - se tornas a comprar porcarias destas, tiro-te o gira-discos. E foi a partir desse dia que comecei a fazer mealheiro para comprar o meu gira-discos, um Sanyo com rádio incluído, e duas colunas stereo , um luxo. Que me lembre, não toquei lá o Why da Yoko, porque para além do respeitinho à mamã, começava a perceber que lá porque se é génio, nem sempre as obras destes, saem geniais.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
trocó'Passo

Sócrates chegou e disse, o país está de rastos. A primeira coisa que fez, foi fazer o que prometera não fazer, na sua campanha - aumentar impostos. Afinal não sabia dos números...
Passos, chegou e não precisou dizer nada, o FMI dissera-o. Seria fácil a Passos fazer o que ainda não fez, aquilo que os outros fizeram - aumentar impostos. Afinal os números assim o recomendam. Mas o que Passos não sabia, era o número do INE, e vai daí, contrariado, criou mais um imposto, desta vez de salvação nacional, diz-se. Há quem comente que é para tapar os buracos que aí vêm, ligados à banca. Há quem se indigne porque a banca continua intocável. A banca, os funcionários públicos, o estado, os partidos... Lamento, pelos que acreditaram ver em Passos, uma espécie de travão, um Robin dos Bosques, um estabilizador social. Lamento pelos que terão de reduzir os seus gastos na mesa de Natal, lá se terá de suprimir um bolo-rei, uma garrafita de Porto, e em vez de seis pares de peúgas, oferece-se uma peúga, este ano, e outra no ano vindouro, e aos miudos, há que lhes ratear os brinquedos no sapatinho, afinal a crise é para todos. Bem, todos não, é para aqueles que não sendo ricos nem pobres, ganham e declaram qualquer coisita, e a esses, Passos e Portas, seguindo as linhas anteriores, estão a tratar de lhes esvaziar, mais, os bolsos. Nada de novo portanto, a mesma tática, que como se vê por aqui, nos últimos dez anos - a idade da entrada em vigor do Euro - só nos tem empobrecido, e que tal como na Grécia, não produz efeito. Esperam-se mais medidas bombásticas, tais como as mexidas no IVA, e outros impostos e cortes. Esperam-se alguns atrazos nos compromissos e eventos, e lugares marcados em executiva, para que possamos dizer em bom rigor, que a Sócrates sucedeu Passos, que sucedeu a Barroso, que como se sabe está lá, na Europa.
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