sábado, 28 de agosto de 2010

que gentinha...

Acordo por obrigação do trabalho primeiro, já que do segundo, o da música, ainda restavam as cobranças de uma noite anterior, plena de boas canções, de amigos a cantar comigo, e de uns maduros do fado e do cancioneiro alentejano, que se arrastou até mais tarde do que devia.
Ensonado, mas bem disposto, lá fui cumprir a minha obrigação, e a meio da manhã já livre do encargo primeiro, rumo calmamente a umas comprinhas necessárias, e passagem pela praça da região. Supostamente, em manhã de sábado, todos deveriam estar sorridentes e destressados, mas nada disso. As pessoas atropelam-se, discutem pela senha que dá a vez, fecham a cara como sendo inimigas umas das outras, não têm paciência, fazem-se arrogantes, casais discutem, outros bradam com os filhos. Fico na questão - se é para fazer estas figuras tristes, porque é que esta gentinha sai de casa? Deviam lá ficar dentro, fechados, trancados, a curtir as suas neuras, deixando o "cá fora" para quem gosta de sorrir, de dar um cumprimento, de dar passagem, de dar um piropo, um elogio, de ser amável, porque, bolas, afinal hoje é sábado, amanhã é domingo, o tempo está lindo. Haverá razões para gente carrancuda? :-)
Ahhh, esqueci-me do Sócrates :-(

2 comentários:

  1. Terminas-te bem. Eu já ia dizer que há a crise, que é quase a mesma coisa :)

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  2. Concordo contigo. Gosto dos sorrisos que se trocam, sem segundas intenções, só porque se está feliz e é bom partilhar com toda a gente que conosco se cruza...

    Quanto à crise...por amor de Deus...não me digam que acreditam mesmo que a culpa é do Sócrates!!!!

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Sputnickadelas