Veio de lá de longe, da Ucrânia, naquela época em que se dizia lá por fora que em Portugal se vivia bem, se ganhava bem. Triste engano. Conheci-a quando em 2003 comecei a frequentar o Baía, que ela geria com mestria, uma mulher altiva, imponente, linda, de um olhar azul que coloca qualquer pessoa em sentido, e somando a isto tudo, uma competência irrepreensível e discreta, que mais tarde vim a conferir quando, nas noites musicais que iniciei precisamente ali, no Baía.
Hoje, continua a mesma mulher, com a mesma pose e beleza, que nem os anos, nem o cancro da mama, e a inevitável quimioterapia, foram capazes de demover.
Há meses, em boa hora soube que ela procurava trabalho, na hora em que a minha mãe tinha dispensado, a não sei quantas, empregada. Em melhor hora se conheceram, e desde então vivo mais tranquilo no que toca a quem priva com a mamã. Adoram-se mútuamente, numa relação que pouco tem de patroa-empregada. Aproveitando a boleia, pedi-lhe, à Marsha para dar uma mãozinha lá em casa, pedido aceite com agrado, e com agrado, alguns caos de arrumação, tomaram uma ordem, fruto das discretas sugestões, que sem palavras, foram dando os seus frutos, na harmonia e disposição de objectos.
A Marsha foi à terra, e todos lhe notaram a falta. Ontem ao chegar a casa, achei-a diferente sem saber porquê, ao entrar na casa de banho vejo a tralha dos after-shaves e colónias todoa organizadinha, e suspirei, a Marsha voltou. O pensamento imediato foi para a minha mãe, que me acaba de telefonar como se tivesse ganho o euromilhões - A MARSHA VOLTOU!!!
Já dei por isso, respondi. E assim, todos ficam mais arrumadinhos. Bem hajas Maria.
ÓOOO! E como está ela? :):) Dá-lhe um beijinho meu :)
ResponderEliminarUm beijo à Marsha, ai não que não dou lol
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