quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ser Sénior

Leio numa revista ligada ao sector do comércio, que o público Sénior, leia-se consumidor acima dos 55 anos, é considerado um filão, um eldorado de poder aquisitivo, um número interessante a ter em conta, dado que segundo o artigo, este grupo tem establidade económica, tempo para gastar, maior esperança de vida activa, e laboral, e inversamente ao que acontecia, interessado nas novas tecnologias, logo um consumidor abrangente, e seguro. Desenganem-se os que ditam os bancos de jardim e os jogos de sueca, aos avôzinhos, pois agora, o Sénior, vasculha o melhor gadget, vai à net, procura a mais apropriada comida para o tareco, e controla os preços dos bens que consome, pois tem tempo para ir comprar a batata que está em promoção no PingoDoce, e o Tulicreme ao Lidl, nem que para isso gaste o tempo de sobra que não se lhe esgota.
O Senior além do tempo de sobra, tem as contas pagas, a da casa, o carro, soube gerir o seu pé-de-meia, por isso gasta confortávelmente, embora consciente. O Sénior é muitas vezes o amparo do Júnior, e aí o cenário do artigo resvala para o pessimismo - os Júniores, estão descapitalizados, endividados até aos 70 anos, têm empregos precários, não se vão reproduzir, serão um grupo de risco, estes Júniores que serão mais tarde, um grupo Sénior, de risco.
Em linguagem comercial eu diria que para além do respeito que se deve por norma ter para com o Sénior, tão ou mais importante, será o louvor à sua carteira, e respectivos cartões de débito. E de crédito. Mas... apenas a esta fornada de Séniores, pois a seguinte, já que se disse, não vai dar sumo.

1 comentário:

  1. E estás a falar de que país?...LOL Deste não é com certeza! A não ser que se refiram a meia dúzia de pessoas...

    ResponderEliminar

Sputnickadelas