quinta-feira, 1 de abril de 2010

This was it


Languido, no sofá visionei o último registo do Rei da Pop. É um documentário acima de tudo para fãs, embora tenha gostado de recordar alguns temas imortalizados no Thriller. MJ no seu aspecto cadavérico demonstrou as capacidades intactas na arte da dança, um conhecimento profundo do chamado groove , ou não fosse ele negro, e os negros sentem a música nas entranhas. Deu para entender aquilo que já sabemos, que neste tipo de espectáculo tudo é estudado ao detalhe, nada é deixado ao acaso, desde o solo de guitarra, ao projector que incide na cara do artista aos 2 minutos e 45 segundos. Um espectáculo de circo milimétrico, onde não há espaço ao improviso, nem à criatividade, e com músicos de elite em cima do palco. Um desperdício. Não gosto. Não sou fã das coisas estudadinhas ao milímetro e de rigor militar. Gosto de, vez ou outra, saír dos carris. Gosto da criação espontânea, e de provocar sensações sem que se espere, e porque nos apetece naquele momento, e em música, mesmo tocando em banda, isso é possível, desde que os músicos se conheçam, desde que exista uma intimidade e harmonia, tal como nos casais. Um bom espectáculo ao vivo tem de ser algo mais do que a execução mecânica dos registos de estúdio, apimentados aqui e ali com uns toques sensacionalistas.
Continuo a eleger o album Made in Japan dos Deep Purple como uma obra prima dos concertos ao vivo. Nunca iria ver ao vivo o MJ ou a Madona. Já a Tina Turner, ia e revia. E que belas pernocas tinha a menina.
Mas subscrevo - MJ será sempre o Rei. Da Pop.

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